Nos próximos dias 15 e 16 de agosto, um cortejo de mulheres, formado, principalmente por produtoras e trabalhadoras rurais, vai sair de Belo Horizonte com destino a Brasília na 7ª edição da Marcha das Margaridas, que acontece desde 2000, de quatro em quatro anos. A iniciativa é nacional com outras caravanas saindo de todas as capitais. A expectativa é reunir no total 200 mil pessoas.
A deputada estadual Leninha (PT) é uma das apoiadoras do movimento e explica que ‘A Marcha das Margaridas’ é considerada a maior mobilização da América Latina protagonizada por mulheres. “Trata-se de um processo de auto organização das mulheres do campo, da floresta e das águas e das cidades que teve início em 2000.
“A inspiração é a companheira Margarida Maria, sindicalista que foi assassinada por defender os direitos das trabalhadoras e trabalhadores rurais. Mas, hoje, a marcha é construída por diversas organizações do Brasil. Pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), pela Marcha Mundial de Mulheres e pelos sindicatos urbanos. Todos e todas nessa construção que é histórica no Brasil”, disse.
A mobilização para viagem acontece junto com os movimentos e organizações de cada estado. De acordo com Leninha, Minas Gerais está preparando a caravana de ônibus, de carro e outros meios de deslocamento. “Nesse ano estamos estimando que 200 mil mulheres do campo e das florestas, das águas e da cidade vão marchar conosco. Os ônibus sairão de todas as regiões do estado”, explicou.
De acordo com a deputada, o presidente Lula e a sua equipe já receberam a pauta de reivindicações construída por mulheres de todos os estados brasileiros. “Essa construção foi um processo que passou por todos os estados e a nossa expectativa é de que o presidente ou alguém da presidência da república receba nossa comitiva para nos dar um retorno a respeito do que almejamos”.
A saber:
priorização da garantia do bem viver que é o tema da marcha desse ano;
fomento da participação das mulheres na política e cargos públicos no estado no no país;
combate à violência e exploração das mulheres;
Neste ano, as margaridas marcham “pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”. “É um tema importante para nós que somos guardiãs desse projeto de bem viver no mundo, que buscamos paz, trabalho e segurança”, destacou Leninha, lembrando toda a diversidade de mulheres que estarão em marcha. Ela ainda enfatizou o sentido de esperança do movimento neste ano.