Autoridades sanitárias do estado estão em estado de ‘alerta máximo’ contra o vírus H5N1, causador da gripe Influenza Aviária em aves e suínos. Além da força-tarefa envolvendo órgãos como IEF-MG, Ibama, Emater-MG, CRMV e outros com a distribuição de 50 mil cartilhas em todo o estado, com dicas de prevenção à doença, o IMA publicou portaria, ontem (14), proibindo a a participação de aves e suínos em eventos, como feiras, exposições e torneios, pelos próximos 90 dias. O objetivo é evitar a aglomeração dos animais, que pode facilitar a transmissão do vírus causador da doença. A suspensão inclui aves ornamentais, passeriformes, silvestres, comerciais ou domésticas.
Izabella Hergot, responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Avícola, e fiscal do IMA, explica que a medida está sendo adotada em todos os estados que possuem polo de avicultura, como Minas. “A portaria determina a proibição das aglomerações das aves porque a principal forma de transmissão da influenza aviária é o contato entre os animais. Dessa forma, evitamos a disseminação da doença de alta patogenicidade . Recentemente, foram registrados focos de transmissão na Argentina”, alerta.
Mesmo que o estado não tenha registrado nenhuma ocorrência de IAAP, Seapa, IMA e Emater-MG, atuam na frente de prevenção e vigilância contra a doença que afeta principalmente aves domésticas e silvestres.
A Nota de Alerta emitida pelo Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) frente às ocorrências de influenza aviária de alta patogenicidade em países da América do Sul aborda a necessidade de adoção imediata de medidas para mitigação do risco de introdução da doença em Minas Gerais.
Izabella Hergot explica que, dentre as medidas sanitárias para mitigação de risco da doença animal e controle da qualidade dos produtos agropecuários desenvolvidas pelo Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e de Controle e Prevenção da Doença de Newcastle, estão as medidas mínimas de biosseguridade adotadas pelos avicultores nas granjas. “A intensificação das ações de vigilância inclui a testagem de amostras coletadas de aves de subsistência criadas em locais próximos a sítios de aves migratórias para monitorar a circulação viral”, detalha.
Desde que o alerta foi emitido, Seapa, IMA e Emater-MG têm realizado reuniões com Avimig, Simpamig, MPMG, PMMG, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Ibama. O objetivo é orientar servidores sobre como proceder mediante a um possível caso de influenza aviária.
Prevenção e Vigilância Constantes
Considerando a importância da produção avícola nacional e a necessidade de estabelecer normas para produção, o Mapa instituiu em 1994 o Programa Nacional de Sanidade Avícola. Em Minas Gerais, as ações previstas no Programa são de responsabilidade do IMA que promove as estratégias de vigilância epidemiológica para as doenças avícolas de controle oficial, como a influenza aviária, doença de Newcastle, salmonelose e micoplasmose, visando a proteção do platel avícola e a expansão de mercados.
Izabella Hergot recomenda que a notificação de qualquer caso suspeito seja feita na unidade mais próxima ou através do Whatsapp: (31) 98598.9611.
“Quanto mais rápido o IMA tiver ciência de uma possível suspeita de ocorrência de influenza aviária, mais rápida será a nossa ação para sanar o problema”, ressalta.
Influenza aviária na América do Sul
Até o momento foram notificados focos da doença em países vizinhos como Uruguai, Argentina, Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e Chile. A maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência, de produção ou aves silvestres locais.
(*) Com informações do IMA