Cerca de vinte mil pessoas escolheram passar o 7 de setembro no Parque da Gameleira onde acontecem a 42ª Exposição Nacional do Campolina e o 2º BH Horse Show (BHHS) sob a chancela da Associação Brasileira dos Criadores de Quarto de Milha (ABCQM). Os dois eventos prosseguem até 10 de setembro. Criadores e o público em geral assistiram provas de marcha, de morfologia e vibraram com as etapas eliminatórias do Ranch Sorting, esporte originário dos Estados Unidos que ganha cada vez mais adeptos no Brasil.
Um deles é o empresário Gustavo Maia Fernandes que disputou etapa classificatória na categoria ‘iniciante’. Ele descobriu a prática há três anos depois de assistir uma prova na companhia de um amigo. “Me apaixonei pela adrenalina do esporte”, contou. Ele faz aulas semanais num Centro de Treinamento em Ribeirão das Neves e disse estar preparado para a competição. “Vou disputar 15 provas hoje e na quinta e sexta haverão mais classificatórias para a Grande Final, marcada para sábado”.
Dênio Melo, coordenador do BH Horse Show, disse que 3.620 duplas se inscreveram para o Ranch Sorting, que oferecerá aos vencedores o maior prêmio já pago em uma competição do esporte no país: RS 300 mil, sendo R$ 100 mil em dinheiro e o restante dividido em quatro carros, cinco trailers e 12 motos. “Há representantes do Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso, Espírito Santo, São Paulo e, claro, Minas Gerais. É uma prova que tem aconchego familiar porque todos podem participar. Temos competidores a partir de quatro anos de idade. Além disso, a exposição está muito bem montada com ótimos restaurantes, boate e shows diários”. Na próxima sexta-feira (9) estão marcadas as eliminatórias da chamada ‘Tropa de Elite’ com os dez melhores competidores de Ranch Sorting do país. Antes, na quinta (8), às 20h, haverá um leilão com 9 lotes de exemplares selecionados da raça.
Volta pra ‘casa’
Plínio Siqueira, presidente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina disse que o diferencial dessa 42ª exposição é a parceria com a ABCQM e o retorno à Gameleira, depois de três anos sendo realizada, respectivamente, em Conselheiro Lafayete, Rio de Janeiro e Salvador. “Está sendo como voltar pra casa. Aqui é o berço sagrado do Campolina”, disse.
Ao fazer um balanço da raça no Estado, que surgiu em 1870 na região do Campo das Vertentes, ele relatou que a Associação passa por um bom momento: as contas foram sanadas, a sede (que fica dentro do parque) foi reformada e o número de associados pulou de 700, em 2019, para 1200, atualmente. Uma exposição, na opinião dele, serve para que os criadores tenham parâmetros em termos de evolução genética. Para que saibam onde estão errando, acertando e como podem melhorar. “Criar cavalos não é só um hobby. Quando bem administrado, pode ser um negócio lucrativo”, garante.
O empresário Breno Viegas Araújo conta que ficou um tempo afastado das criações, mas está voltando. “Pra mim é um hobby, algo que me descansa e que eu adoro”. Ele, a esposa Dardânia e os filhos Lara e Gabriel também são apaixonados pelo universo do cavalo e passaram o dia assistindo as provas de marcha.
Já Valéria Borges levou as filhas Sofia e Mariana, a sobrinha Caroline e a amiga Bruna para aproveitarem a atmosfera “rural” da mostra. “Somos de Malacacheta, interior de Minas, e nos identificamos com as coisas do campo, os animais, as comidas e as vestimentas”, disse.
Restaurantes tradicionais
A Praça de Alimentação conta com estandes de restaurantes e lanchonetes tradicionais da capital mineira como Boca do Forno, 68 La Pizzeria, Pizza Sur, Restaurante do Porto e Troupe Burguer. Há shows de música sertaneja, diários, a partir das 20 horas.