A Polícia Militar (PM) prendeu ao menos seis pessoas em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por práticas ilícitas relacionadas ao socorro às vítimas do rompimento da barragem da Vale. Entre os presos está um homem acusado de se passar por policial federal para pedir celulares e dinheiro que, segundo ele, seriam usados pelas equipes de buscas ou para a compra de donativos.
Segundo o porta-voz da PM, major Flávio Santiago, o suspeito foi detido no Centro de Belo Horizonte. Ele já tinha antecedentes criminais por estelionato. Reconhecido por duas de suas vítimas, está preso preventivamente em uma unidade prisional da capital mineira.
Outros dois homens foram detidos por usarem drones em espaço aéreo restrito às aeronaves das equipes de resgate, colocando em perigo os helicópteros do Corpo de Bombeiros. Um dos detidos foi flagrado na chamada “área quente”, a mais afetada pelos rejeitos.
Outros dois homens foram presos ao tentar saquear casas na zona rural de Brumadinho. Após terem sido evacuadas devido à tragédia, as residências estavam vazias. Flagrados por policiais militares, os acusados não conseguiram roubar.
O sexto preso é um homem que tentou se passar por uma das pessoas prejudicadas pela tragédia, tentando se cadastrar para receber assistência do poder público e reparações da Vale.
De acordo com o policial, não é incomum pessoas agirem com má-fé para se beneficiarem da solidariedade despertada em momentos como este. “Principalmente os estelionatários. Eles percebem o sentimento de solidariedade e nadam de braçada, contando histórias comoventes apenas para aplicar seus golpes”, disse.
Segundo o militar, outro problema constatado são os golpes aplicados pela internet, por meio da divulgação de falsos pedidos de doações financeiras. “As pessoas precisam estar atentas. Se houver algum tipo de pedido, isso será feito institucionalmente; noticiado pela imprensa e nos espaços institucionais oficiais. Em caso de dúvidas, a pessoa deve procurar o contato do órgão ou entidade e confirmar a informação”, alertou o major.