Para o setor mineral, a água é um insumo essencial e as perspectivas de gestão sustentável têm se tornado prioridade estratégica. As empresas vêm investindo em tecnologia, inovação e governança para reduzir o consumo de água nova e ampliar a recirculação nos processos produtivos
O relatório elaborado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) aponta que a mineração responde por apenas 2% da retirada total de água no país. Ainda assim, o setor reconhece que o uso intensivo pode provocar alterações na quantidade e na qualidade dos corpos hídricos.
Essas iniciativas de sustentabilidade e resíduo de água mostram como a atividade minerária tem buscado alinhar eficiência produtiva e responsabilidade socioambiental. O desafio é duplo: enfrentar os impactos das mudanças climáticas, que pressionam a disponibilidade hídrica, e atender ao crescimento da demanda por recursos minerais.
Assim, com a adoção de boas práticas, o setor não apenas reduz riscos e custos, mas também amplia a confiança junto à sociedade e aos investidores, reforçando compromissos ambientais, sociais e de governança (ESG). Ao destacar exemplos de reuso de água, aproveitamento de chuva e novos processos de reciclagem, o setor reafirma seu papel ativo na agenda do desenvolvimento sustentável.
Recursos da água na mineração
Entre as principais inovações no uso da água pela mineração estão a recirculação em circuito fechado, que reaproveita a água utilizada nos processos de beneficiamento, flotação e concentração; o reuso de efluentes das barragens de rejeito, que passam a ser incorporados novamente ao processo produtivo; e o aproveitamento de efluentes sanitários tratados, empregados em atividades de menor exigência, como a aspersão de vias para controle de poeira. Além disso, há o manejo da água retirada no rebaixamento do lençol freático, que pode ser redirecionada para recarga superficial, contribuindo para reduzir a necessidade de novas captações.