A entrada de caminhões com alimentos para bebês na
“Hoje, Israel está facilitando a entrada de caminhões com comida para bebês em Gaza. Nos próximos dias, Israel facilitará a entrada de dezenas de caminhões de ajuda humanitária”, disse Eden Bar-Tal, diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores.
Questionado sobre o número de caminhões que já haviam entrado em Gaza, o porta-voz da pasta, Oren Marmorstein, disse que precisava “confirmar o número exato” com o Cogat, órgão do Ministério da Defesa responsável por assuntos civis nos territórios palestinos ocupados. “A ideia é ter um número significativo nos próximos dias”, acrescentou.
Agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e ONGs internacionais com presença em Gaza relatam escassez de alimentos, água potável, combustível e medicamentos em território palestino. A guerra se estende na Faixa de Gaza há mais de 19 meses.
O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, lamentou o bloqueio de “toneladas de alimentos” em Gaza. “Dois milhões de pessoas passam fome”, disse, nesta segunda-feira.
Razões diplomáticas
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país tomará “o controle” de toda a Faixa de Gaza e “evitará” fome no território palestino “por razões diplomáticas”, para prosseguir com a guerra. A declaração acontece em meio a uma intensificação da ofensiva contra o Hamas, que deixou mais de 50 mortos nesta segunda-feira.
Netanyahu se pronunciou após o Exército israelense anunciar, no fim de semana, uma nova operação em Gaza para derrotar o movimento islamista palestino Hamas, que governa o território devastado e desencadeou a atual guerra com o ataque contra Israel em 7 de outubro de 2023.
“Os combates são intensos e estamos progredindo. Tomaremos o controle de todo o território da Faixa”, declarou o chefe de Governo israelense em um vídeo divulgado em sua conta nesta segunda-feira.
“Não vamos ceder. Mas para ter sucesso, temos que agir de forma que não nos detenham”, acrescentou, ao explicar o que levou Israel a anunciar no domingo a entrada limitada de ajuda humanitária no enclave bombardeado. “Não devemos deixar que a população caia na fome, nem por razões práticas, nem por razões diplomáticas”, declarou no mesmo vídeo. (Com informações de AFP)