A França registrou protestos em várias partes do país neste sábado, 7, contra a nomeação do novo primeiro-ministro do país, Michel Barnier. Ele foi indicado pelo presidente Emmanuel Macron, depois de mais de um mês de espera.
Em julho a França elegeu nova Assembleia, com a esquerda à frente da extrema direita. Porém, a assembleia está dividida. A nomeação de Barnier, um político de 73 anos com cinco décadas de vida pública e alinhado à direita, é uma tentativa de lidar com essa divisão.
Protestos
Em Paris, os manifestantes reuniram-se da Praça da Bastilha, mas 150 comícios estão previstos em todo o país. A esquerda, particularmente o partido França Insubmissa, convocou os atos por ver o passado conservador de Barnier como uma rejeição à vontade do eleitorado, que impediu a vitória do Reagrupamento Nacional (RN), partido da líder de extrema direita Marine Le Pen no pleito.
Por outro lado, Jordan Bardella, líder do RN, afirmou que Barnier estava “sob vigilância” e pediu que o primeiro-ministro incluísse as prioridades do seu partido em sua agenda, particularmente em relação à segurança nacional e à imigração.
Barnier substitui Gabriel Attal, que tinha 34 anos quando foi nomeado há apenas oito meses e foi forçado a renunciar após as eleições legislativas realizadas há dois meses.
*Com informações do Estadão Conteúdo.