A tempestade tropical Debby, que chegou nesta segunda-feira (5) ao norte da Flórida, já matou um adolescente de 13 anos e ameaça causar inundações catastróficas.
O jovem estava em um ‘motor home’ de sua família em Fanning Springs, no noroeste da Flórida, quando uma árvore derrubada pela tempestade o atingiu, informaram as autoridades locais.
Debby tocou o solo neste estado como um ciclone de categoria 1, em uma escala que vai até 5, antes de perder força e virar uma forte tempestade tropical.
Nas próximas horas, o fenômeno trará “chuvas extremas”, que poderão causar “inundações catastróficas nas áreas costeiras da Geórgia, da Carolina do Sul e até da Carolina do Norte”, alertou Michael Brennan, diretor do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC).
De acordo com as previsões desta agência, a tempestade atravessará o norte da Flórida nesta segunda-feira e também na terça, antes de atingir a costa da Carolina do Sul.
“Os impactos de Debby estão apenas começando e se estenderão ao longo da semana por trechos da costa sudeste dos Estados Unidos”, declarou Brennan.
A velocidade de deslocamento da tempestade diminuirá drasticamente à medida que ela se afastar da costa, o que resultará “em um episódio de chuvas extremas de longa duração” nas áreas afetadas, acrescentou.
O temporal poderá causar um aumento de cerca de dois metros no nível da água em algumas áreas costeiras.
Estado de emergência
Debby impactou a região conhecida como Big Bend, uma área pouco povoada que liga a península da Flórida ao restante dos Estados Unidos pelo noroeste, e que já havia sofrido com o furacão Idalia, de categoria 3, no ano passado.
“Vimos importantes marés ciclônicas, vimos inundações, vimos e continuaremos vendo inundações em várias partes do estado da Flórida”, declarou o governador Ron DeSantis em coletiva de imprensa após a chegada do furacão. “Isso não é algo que termina quando a tempestade passa. Há uma ameaça, uma ameaça permanente, durante os próximos dias.”
Segundo ele, cerca de 143.000 residentes estavam sem energia elétrica nesta segunda-feira.
O temporal também causou atrasos em voos nos aeroportos do sul da Flórida, como Miami e Fort Myers, informou a autoridade aeronáutica americana em seu site.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou no domingo uma declaração de emergência para a Flórida, o que permitirá a aceleração da ajuda federal. Os governadores da Geórgia e da Carolina do Sul fizeram o mesmo para seus estados.
Em julho, o furacão Beryl, excepcionalmente precoce, atingiu o sul dos Estados Unidos e deixou várias pessoas mortas.
De acordo com as previsões do Escritório de Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), a temporada de furacões do Atlântico deste ano - que vai de junho a novembro - está se moldando para ser particularmente difícil devido às altas temperaturas do oceano que aumentam a intensidade dessas tempestades.
*Com informações de AFP