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Chefe do crime no Equador que está foragido ‘pode’ buscar refúgio na Colômbia; país entra em alerta

Forças Militares da Colômbia temem ‘possível’ presença de Fito, líder da principal facção criminosa do Equador

Fito, líder de facção criminosa do Equador, fugiu da prisão

A Colômbia teme ‘possível’ presença do líder da maior facção criminosa do Equador, que está foragido. O general Helder Giraldo, comandante das Forças Militares da Colômbia, afirmou nesta sexta-feira (12) que o traficante equatoriano Adolfo Macías, conhecido como Fito, que recentemente escapou da prisão em seu país, ‘pode’ buscar refúgio no país.

Segundo Giraldo, em entrevista à W Radio, cerca de 200 das 220 pessoas que fugiram das prisões equatorianas durante a violenta investida do narcotráfico nos últimos dias ‘foram recapturadas pelas autoridades do Equador. Há 20 fugitivos para os quais estamos muito atentos’, incluindo Fito.

Questionado sobre a presença do criminoso mais procurado do Equador em território colombiano, Giraldo afirmou que 'é possível, mas é para isso que nós temos um dispositivo amplo para realizar a captura efetiva deste terrorista’.

Os militares colombianos também estão monitorando Fabricio Colón Pico, líder da facção Los Lobos, que escapou da prisão depois que a procuradora-geral equatoriana. Diana Salazar, o acusou de planejar um atentado contra ela.

A Colômbia militarizou a fronteira com o Equador na quarta-feira (10) para evitar a passagem de fugitivos e criminosos desse país, que está sendo assolado pela violência de facções do narcotráfico, que já resultou em pelo menos 16 mortes e mais de 100 sequestros esta semana.

‘A prioridade é fechar o caminho para esses líderes [...] esses grupos armados que eventualmente queiram atravessar para o território nacional’, afirmou Giraldo à Blu Radio nesta sexta-feira.

Segundo o general, Los Choneros, liderados por Fito, e outras facções criminosas do Equador, como Los Tiguerones, que atuam na província fronteiriça de Esmeraldas, têm ‘uma relação estreita’ com grupos armados colombianos, como a Frente Oliver Sinisterra, uma dissidência das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que opera do lado colombiano.

Os narcotraficantes equatorianos usam as prisões como escritórios do crime de onde gerenciam o tráfico de drogas, ordenam assassinatos, administram os lucros do crime e lutam até a morte com seus rivais pelo poder.

O presidente equatoriano Daniel Noboa anunciou a ‘repatriação’ de 1.500 colombianos presos para reduzir a superlotação nas prisões de seu país.

No entanto, a medida não foi bem recebida pelo governo colombiano de Gustavo Petro, que a considera uma ‘expulsão em massa’ e problemática, pois muitos presos ficariam livres do outro lado da fronteira.

*Com informações da AFP

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde