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Milei anuncia ‘revogaço’ de leis para tentar conter a crise na Argentina; confira

‘Decreto de Necessidade e Urgência’ foi anunciado em cadeia pública de televisão, horas após milhares de argentinos protestarem contra o presidente em Buenos Aires

‘Decreto de Necessidade e Urgência’ foi anunciado em cadeia pública de televisão

O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou, na noite desta quarta-feira (20), uma série de revogações de leis e outras medidas para ‘diminuir a crise que herdamos’, como disse o político. O ‘Decreto de Necessidade e Urgência’ (DNU) é assinado no mesmo dia em que milhares de argentinos foram às ruas protestar contra as medidas econômicas do novo presidente.

A medida, anunciada em cadeia nacional de rádio e TV, é chamada pela imprensa internacional de ‘desregulação da economia argentina’. Durante o pronunciamento, Milei afirmou que está fazendo o máximo para ‘tentar diminuir a crise que herdou’.

‘Elaboramos um plano de estabilização de choque; uma política cambial e monetária que inclua o saneamento do Banco Central’, declarou Milei. No total, o ‘mega decreto’ afeta mais de 300 regulamentações argentinas.

Confira as 30 medidas e leis revogadas pelo presidente Milei:

Veja a lista com as 30 medidas anunciadas por Milei nesta quarta. A relação de medidas foi compilada pelo jornal argetino Clarín:

  • Revogação da Lei do Aluguel;
  • Revogação da Lei de Abastecimento;
  • Revogação da Lei das Gôndola;
  • Revogação da Lei Nacional de Compras;
  • Revogação do Observatório de Preços do Ministério da Economia;
  • Revogação da Lei de Promoção Industrial;
  • Revogação da Lei de Promoção Comercial;
  • Revogação da regulamentação que impede a privatização de empresas públicas;
  • Revogação do regime das empresas estatais;
  • Transformação de todas as empresas estatais em sociedades anônimas para privatização;
  • Modernização do regime de trabalho para fomentar a geração de emprego;
  • Reforma do Código Aduaneiro para facilitar o comércio com outros países;
  • Revogação da Lei de Terras;
  • Modificação da Lei de Combate ao Fogo;
  • Revogação das obrigações das usinas de açúcar em relação à produção;
  • Liberação do regime jurídico aplicável ao setor vitivinícola;
  • Revogação do sistema nacional de comércio mineiro e do Banco de Informação Mineração;
  • Autorização para transferência do pacote total ou parcial de ações de companhias aéreas argentinas;
  • Implementação da ‘política de céu aberto';
  • Modificação do Código Civil e Comercial para reafirmar a liberdade contratual entre as partes;
  • Modificação do Código Civil e Comercial para garantir que os contratos sejam quitados na moeda definida em acordo;
  • Modificação do marco regulatório de medicamentos e obras pré-pagas social;
  • Eliminação de restrições de preços na ‘indústria pré-paga';
  • Incorporação de empresas de medicamentos pré-pagos ao regime de obras sociais;
  • Estabelecimento da prescrição eletrônica para agilizar o atendimento e minimizar custos;
  • Modificações do regime da indústria farmacêutica para promover a livre concorrência e reduzir preços;
  • Modificação da Lei das Sociedades por Ações para que os clubes de futebol possam se tornar empresas;
  • Desregulamentação dos serviços de Internet via satélite;
  • Desregulamentação do setor de turismo por meio do combate ao monopólio das agências de viagens;
  • Uso de ferramentas digitais no registro de veículos.

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Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.