A celebração de um casamento salvou todas as pessoas de uma aldeia, no Marrocos, durante o terremoto mortal que matou mais de 2.900 na última sexta-feira (8). Enquanto casas de pedras e tijolos de barro eram destruídas, os convidados comemoravam em um pátio ao ar livre.
O casamento de Habiba Ajdir, de 22 anos, e Mohammed Boudad, de 30, um agricultor de maçãs, deveria ter acontecido no sábado (9), na aldeia ondem moram em Kettou, mas, segundo o costume, a família da noiva organizou uma festa na noite anterior ao casamento, ou seja, na sexta-feira (8), dia do terremoto devastador que atingiu 7 graus de magnitude, segundo o Centro Marroquino para a Pesquisa Científica e Técnica, e 6,8, conforme o Centro Geológico dos Estados Unidos. As informações são do The Guardian.
Um vídeo, filmado por um convidado, mostrou o momento em que ocorreu o terremoto com imagens de músicos em roupas tradicionais tocando flautas e tambores de pele de cabra dando lugar ao caos, à escuridão e aos gritos.
“Queríamos comemorar. Então o terremoto aconteceu. Eu não sabia se deveria me preocupar com a aldeia dela ou com a minha”, disse o noivo ao jornal.
Enquanto falava, Boudad segurou a mão da esposa. Ele sorriu quando questionado sobre como eles se conheceram, dizendo apenas que foram “unidos pelo destino”. Ajdir ficou tão traumatizada com o terremoto que não quis falar com estranhos, disse ele.
A aldeia de Ighil Ntalghoumt ficou em ruínas e muitos dos habitantes estão agora desalojados, mas ao contrário de outras partes da região de Adassil, perto do epicentro do tremor, não houve mortes ou feridos graves, disseram os residentes.