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Meninas e mulheres são vendidas pelo Estado Islâmico: ’12 anos, não virgem, muito bonita’, diz anuncio na rede social

Mais de 6.400 mulheres e crianças yazidis foram vendidas como escravas

Crianças Yazidi em campo de refugiados

Uma reportagem especial da BBC, publicada nesta segunda-feira (17), revelou detalhes sobre a escravização de mulheres e crianças pelo grupo radical Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria há quase uma década.

“Eu tinha que agir como se fosse sua esposa, sempre que eles quisessem. Eles poderiam me bater se quisessem”, disse Bahar foi uma das mulheres yazidis presa pelo EI quando o grupo entrou em um vilarejo no distrito de Sinjar, no norte do Iraque.

Bahar contou que tornou-propriedade deles. “Ficamos na casa dele, mas ele me emprestou para outras pessoas para que eu pudesse trabalhar como faxineira em outras duas bases do EI. Em todos esses lugares, eu fui trabalhar, fui limpar e eles me estupraram”, contou.

Mais de 6.400 mulheres e crianças yazidis foram vendidas como escravas depois que o EI capturou Sinjar.

Um grupo chamado Kinyat, responsável por resgatar mulheres e crianças yazidis, denunciou combatentes do EI que estavam comprando e vendendo on-line mulheres sequestradas, principalmente, por meio do Telegram.

“Nós nos infiltramos nesses grupos com nomes emprestados ou usando nomes de membros do EI”, diz Bahzad.

Um deles promoveu uma menina com o seguinte anúncio: “12 anos, não é virgem, muito bonita”. Ela Custou U$ 13 mil (cerca de R$ 63 mil) e foi vendida em Raqqa, na Síria.

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