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Seita religiosa: acusado de ‘assassinato em massa de seus fiéis’, pastor é preso no Quênia

Anúncio da prisão de Ezekiel Odero foi feito por Kithure Kindiki, ministro do Interior do país

Vestido de branco e com uma Bíblia na mão, o pastor foi transportado à sede da polícia regional, em Mombaça

Um dos pastores mais influentes do Quênia foi preso nesta quinta-feira (27) na cidade de Melinde. De acordo com o ministro do Interior do país, Kithure Kindiki, o pastor Ezekiel Odero foi acusado pelo “assassinato em massa de seus fiéis”.

Odero, chefe do Centro de Oração e Igreja da Nova Vida (New Life Prayer Centre and Church), “foi preso e processado criminalmente pelo assassinato em massa de seus fiéis”, comunicou o ministro dias após a notícia da morte de 98 fiéis de outra igreja.

Vestido de branco e com uma Bíblia na mão, o pastor foi transportado à sede da polícia regional, em Mombaça.

Este televangelista atrai multidões para sua igreja ao sul de Melinde, com capacidade para cerca de 40 mil pessoas.

Segundo ele, os pedaços de tecidos “sagrados” que são vendidos em suas reuniões podem curar doenças.

As autoridades deste país da África Oriental descobriram dezenas de corpos dos seguidores da Igreja Internacional das Boas Novas (Good News International Church) e anunciaram medidas contra os cultos “inaceitáveis” e classificados como “terroristas”.

Um total de 98 pessoas - a maioria crianças - morreram, de acordo com um balanço provisório. Enquanto isso, as buscas por valas comuns continuam na floresta de Shakahola, a cerca de 80 quilômetros de Malindi.

O autoproclamado pastor desta seita, Paul Mackenzie Nthenge, pregou o jejum extremo como um meio de encontrar Deus.

A polícia não relacionou a prisão de Ezekiel Odero com a de Paul Mackenzie Nthenge.

AFP
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