A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora da comercialização de remédios e alimentos do Estados Unidos, liberou a venda em farmácias de pílulas abortivas. É a primeira vez que a agência adota a medida. Recentemente, 12 estados americanos proibiram o aborto.
Leia também:
Vários estados dos EUA proíbem aborto após decisão da Suprema Corte Menina de 11 anos que teve aborto negado volta a engravidar após estupro Casal mineiro consegue na Justiça o direito de abortar aos 5 meses por anomalias no feto
Após a medida, as drogarias poderão solicitar para as empresas produtoras do medicamento um certificado que permitirá a distribuição do abortivo. O uso do Mifeprex, a versão original do remédio, e da Mifepristona, versão genérica, foi aprovada em 2000 pela agência com restrições que asseguravam o uso seguro. Em uma revisão do regulamento em 2021, o FDA entendeu que a flexibilização das restrições seria um movimento estratégico para diminuir a sobrecarga do sistema de saúde, mas a medida somente entrou em vigência neste ano. A medida passou a valer no domingo (1º).
Os medicamentos, combinados com um outro ativo chamado misoprostol são capazes de induzir o aborto de até 10 semanas de gravidez. Esse processo é conhecido como aborto medicamentoso.
Proibição do aborto nos EUA
Até junho do ano passado, a interrupção de gravidez era permitida em todos os estados americanos, medida embasada em uma decisão de 1973 da Suprema Corte conhecida como Roe x Wade. No entanto, no ano passado o órgão revogou a decisão permitindo que os estados pudessem decidir sobre a permissão e a criminalização do aborto. Atualmente, pelo menos 12 estados americanos já proibiram a realização do procedimento.
(sob supervisão de Enzo Menezes)