Melhor tenista brasileiro em cadeiras de rodas na categoria Open, 21° colocado no ranking mundial, o mineiro Daniel Rodrigues enfrenta um grande problema para disputar uma série de torneios na Europa. Ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos nesse domingo (16), escala para a Suíça, ele descobriu que a cadeira utilizaria nas partidas foi quebrada no trajeto de Belo Horizonte até a capital paulista.
Ao pedir alguma providência para a Latam, responsável pelo voo, o paratleta recebeu uma oferta de 60 dólares (cerca de R$ 290) como recompensa da companhia aérea. A cadeira de rodas de alto rendimento, feita sob medida para cada jogador, custa entre R$ 20 e 60 mil.
Em entrevista concedida à Itatiaia no início da tarde desta segunda-feira (17), Daniel Rodrigues explicou que não há como consertar o objeto para a utilização no esporte. O brasileiro ainda busca uma cadeira emprestada para treinar e atuar no primeiro torneio, marcado para iniciar nesta terça-feira (18).
“Na verdade, não existe o conserto. Pode até fazer uma solda, mas assim não tem como usar no nível que eu preciso para o meu jogo. Eles me falaram que, nesse caso, eu teria que esperar um outro retorno da companhia. (...) É uma cadeira especial, própria para o tênis. Tem as medidas dos atletas. Cada atleta tem sua cadeira personalizada”, disse.
Mesmo sem a própria cadeira e sem as condições ideais, o atleta brasileiro vai disputar o três torneios para os quais se inscreveu. Ele vai atuar na Suíça, Bélgica e Áustria, ao lado dos melhores do mundo na modalidade.
O problema que interfere diretamente no rendimento dentro das quadras é enfrentado por Daniel Rodrigues justamente no momento em que os pontos começam a ser contabilizados para a classificação para as Paralimpíadas de Paris.
Em contato com a reportagem, a Latam lamentou o ocorrido e informou que está em contato com o atleta para solucionar o problema.
Tenistas renomados, como o mineiro Bruno Soares e Marcelo Demoliner, utilizaram as redes sociais para cobrar a empresa responsável.