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Como fazer a elevação pélvica para potência na corrida e glúteos maiores

Um guia completo sobre a execução correta do hip thrust e seus benefícios para corredores e hipertrofia

Como fazer a elevação pélvica para potência na corrida e glúteos maiores

A elevação pélvica, tecnicamente conhecida como hip thrust, é um exercício fundamental no treino de força, reconhecido por sua alta eficiência no fortalecimento dos glúteos e da cadeia posterior. Embora popular por seus resultados estéticos, seu impacto no desempenho atlético, especialmente na corrida, é igualmente significativo.

Este artigo detalha como fazer a elevação pélvica corretamente para maximizar tanto a potência para corredores quanto o desenvolvimento muscular dos glúteos, abordando a técnica, os benefícios e as variações do movimento.

O que é a elevação pélvica e por que é tão eficaz?

A elevação pélvica é um exercício de extensão de quadril realizado com as costas apoiadas em uma superfície elevada, como um banco, e geralmente com uma carga (barra, haltere ou anilha) posicionada sobre a pelve. O movimento isola e ativa intensamente os músculos dos glúteos (máximo, médio e mínimo), além de recrutar secundariamente os isquiotibiais e o core.

Sua eficácia se deve a alguns fatores biomecânicos chave:

  • Pico de contração: O exercício atinge a tensão máxima nos glúteos no topo do movimento, quando o quadril está em extensão completa, algo que outros exercícios como o agachamento não conseguem fazer com a mesma intensidade.
  • Isolamento muscular: A posição do corpo minimiza a participação de outros grupos musculares, como o quadríceps, direcionando o esforço primariamente para os glúteos.
  • Progressão de carga: A estabilidade do movimento permite a utilização de cargas elevadas com segurança, um fator crucial para a hipertrofia e o ganho de força.

Como fazer o hip thrust corretamente: passo a passo

Executar o movimento com a técnica adequada é essencial para obter resultados e prevenir lesões, principalmente na região lombar. Siga os passos abaixo para a execução correta com barra.

  1. Posicionamento inicial: Sente-se no chão com as costas (região das escápulas) apoiadas firmemente contra a lateral de um banco estável. Os pés devem estar apoiados no chão, afastados na largura dos quadris, e os joelhos flexionados. Role uma barra sobre as pernas até que ela fique posicionada na dobra do quadril. O uso de um protetor de barra é recomendado para conforto.
  2. Execução da subida: Segure a barra com as mãos para estabilizá-la. Mantendo o queixo levemente para dentro (em direção ao peito), contraia os glúteos e empurre os calcanhares contra o chão para elevar o quadril. O movimento deve ser uma extensão potente do quadril, não uma hiperextensão da coluna lombar.
  3. Posição de pico: Suba até que seu corpo forme uma linha reta dos ombros aos joelhos, com as canelas na posição vertical. No topo, contraia os glúteos ao máximo por um a dois segundos.
  4. Execução da descida: Desça o quadril de forma controlada, retornando à posição inicial sem relaxar completamente a musculatura antes de iniciar a próxima repetição.

Para evitar erros comuns, preste atenção aos seguintes pontos:

  • Não arqueie a lombar: Mantenha o core ativado e a pelve em uma leve retroversão (pelve “encaixada”) para proteger a coluna.
  • Movimento completo: Certifique-se de atingir a extensão total do quadril no topo do movimento.
  • Posição dos pés: Pés muito à frente sobrecarregam os isquiotibiais; pés muito próximos ao corpo podem sobrecarregar os joelhos. Ajuste para sentir a ativação máxima nos glúteos.

Benefícios para a corrida e para a hipertrofia

A aplicação correta da elevação pélvica se traduz em benefícios diretos para objetivos distintos, desde o desempenho esportivo até a estética.

Mais potência na corrida

A força dos glúteos é o motor primário da extensão de quadril, o movimento que impulsiona o corpo para a frente a cada passada. Glúteos mais fortes resultam diretamente em:

  • Maior propulsão: A capacidade de gerar mais força contra o solo a cada passo, o que se traduz em maior velocidade e eficiência.
  • Estabilidade pélvica: Glúteos fortes ajudam a estabilizar a pelve durante a corrida, prevenindo o desalinhamento que pode levar a lesões comuns, como a síndrome da banda iliotibial e a dor no joelho.
  • Melhora da economia de corrida: Com uma base mais estável e potente, o corpo gasta menos energia para manter a forma, melhorando a resistência.

Glúteos maiores (hipertrofia)

Para quem busca o aumento do volume muscular, o hip thrust é uma ferramenta poderosa devido à sua capacidade de sobrecarregar os glúteos de forma segura e eficaz. A tensão mecânica gerada, especialmente com cargas progressivas, é um dos principais estímulos para o crescimento muscular (hipertrofia). A variação do número de repetições, séries e o uso de técnicas como pausas no pico de contração podem otimizar ainda mais os resultados estéticos.

A elevação pélvica é um exercício versátil e altamente funcional, cujos benefícios vão muito além da estética. Quando executada com a técnica correta, fortalece a base do movimento humano, resultando em mais potência para atletas, especialmente corredores, e é uma das ferramentas mais eficientes para o desenvolvimento dos glúteos. A incorporação deste exercício em uma rotina de treino equilibrada é uma estratégia inteligente para quem busca performance e resultados musculares consistentes.

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