O Vasco apresentou nesta sexta-feira (18) o meia Dimitri Payet de forma oficial. E a chegada do reforço foi com pompas. Diferentemente dos outros contratados, o novo camisa 10 falou pela primeira vez em São Januário e não no CT Moacyr Barbosa, como costume. O encontro foi na Sala dos Beneméritos, toda envelopada em homenagem ao francês.
Em seu primeiro contato com imprensa como novo jogador do Vasco, Payet afirmou que a escolha pelo Cruz-Maltino passou muito por ser um jogador acostumado a desafios.
“Eu sou um jogador que gosta de desafios e eu tive a oportunidade e a responsabilidade de ser o capitão do Olympique. Então, eu sei lidar com tudo isso”, disse, completando que o Vasco não merece o lugar em que está.
“Vai ser com certeza um grande desafio. Sei do da pressão, mas essa equipe me lembra muito o Olympique de Marselha. Não está no lugar que merece, mas tem muita força, uma equipe unida que vai conseguir sair dessa situação”, afirmou.
Payet ainda explicou que a história do Vasco, assim como vestir a camisa 10 histórica de Roberto Dinamite, foram especiais para a escolha.
“A chegada neste continente, no Brasil, senti muito amor e confiança depositada em mim. No dia de ontem pude saber a história de Roberto Dinamite e que essa camisa 10 é mítica e emblemática. Vocês podem ter certeza que darei tudo de mim para honrar a camisa 10 que foi de Roberto Dinamite. Muito obrigado”, contou.
O contrato do jogador com o Vasco vai até o final de 2025 e seus vencimentos passarão da casa de R$ 1,5 milhão, o maior da história do clube.
Estreia contra o Bahia
Diante do Atlético, no domingo (20), no Maracanã, às 11h (de Brasília), pelo Brasileiro, o meia ainda não fará sua estreia. A ideia do Vasco é deixar o jogador em forma para as próximas rodadas da competição. Diante do Palmeiras, na próxima semana, dificilmente ele será relacionado. A comissão técnica trabalha com a ideia de tê-lo diante do Bahia, no próximo dia 3, em Salvador.
Diante da torcida, o primeiro jogo do craque pode ser apenas no dia 16, contra o Fluminense, em princípio, em São Januário. O Vasco deverá tentar mandar o confronto no Maracanã, em comum acordo com a equipe tricolor.
“Conheci sim o Ramón Díaz. Os jogadores sentem um time muito unido e que realmente joga junto. Nesse último período não estava jogando em nenhum clube. A parte física vai precisar ser aprimorada. Não sei se estou pronto para domingo, mas com certeza, assim que possível, a vontade é entrar logo em campo”, disse.
Payet chega ao Vasco depois de sete temporadas no Marseille-FRA, clube em que é considerado um dos maiores ídolos. Inclusive, por respeito à equipe, ele preferiu não aceitar ofertas do futebol local. Além disso, o craque também rejeitou algumas negociações do Oriente Médio.
Veja outras respostas de Payet
Vestir a camisa 10 e contatos com Nenê, ex-camisa 10
Entendo e sei o peso da responsabilidade do camisa 10 do Vasco. Não falei com o Nenê, mas sim com várias pessoas do clube. Estou ciente desse momento e agradeço a força da torcida. Sou um jogador aguerrido e vou vestir, com certeza, essa camisa com honra. Para os torcedores agradeço de forma intensa pelo carinho, faixas e toda a emoção no aeroporto e tentarei retribuir dentro do gramado.
História do Vasco
Com certeza que gostaria muito falar a língua e vou aprender português. Quanto ao Vasco, eu sei que é um gigante, não só no Brasil, mas na França também. Conhecemos não só por Romário, Juninho, mas pela luta contra o racismo.
São Januário interditado
A segurança é muito importante para os jogadores, torcedores e o clube em forma geral. Estádio vazio, por outro lado, não dá sensação de futebol. Torço para que a Justiça e o Vasco possam se organizar para resolver isso um quanto antes.
Conversas com Gerson e Sampaoli, do Flamengo
Conversei com o Gerson sim, foi meu colega por dois anos. Fui um dos que ajudou muito ele a se integrar na França, então nada mais justo do que saber dele. As perguntas que fiz foram em relação ao Vasco e ele fez comentários muito elogiosos, como o Luis Henrique que está no Botafogo, como eu ajudei lá e eles vão me ajudar aqui.
Torcidas do Vasco e Marseille
O Marseille e o Vasco enchem os estádios. É raro ver jogo com estádio vazio. Em relação a música que fizeram, meu português ainda não é bom para entender as rimas, mas daqui a pouco vou poder cantar essa marchinha e gostei muito.