Interino, que ainda não sabe se continuará no comando da Seleção Brasileira principal até o técnico efetivo chegar, Ramon Menezes disse que fica uma lição após a derrota de 4 a 2 para Senegal, nesta terça-feira, amistoso disputado em Lisboa-POR. E que pode ter faltado competitividade ao Brasil.
“Uma equipe de Copa do Mundo, sabíamos bem o que enfrentaríamos. Fica a lição. O futebol cobra muito competir, é importante competir, e esse grupo sabe disso, que a gente precisa competir. O futebol brasileiro tem talento, não precisa falar nada. Sabíamos que era um jogo de competição, jogo de primeira e segunda bola, e quando eles perdessem a bola matariam a jogada, dificultando nossa transição”, disse Ramon.
O treinador elogiou o início de jogo do Brasil, mas depois avaliou que faltou objetividade.
“Circulamos muito a bola, mas sem definição lá no último terço. E na chance que eles tiveram, Mané teve uma felicidade grande[no terceiro gol]. Ainda buscamos o jogo, mas não fomos efetivos ali mais próximo da área”, disse o treinador.
O goleiro Ederson, titular contra o Senegal, concordou que pode ter faltado ‘pegada” nesta terça.
“Faltou da nossa parte ser mais agressivo, faltou contato, chegar firme. Senegal jogou duro, tínhamos que jogar duro. Faltou dividir a bola que faltou por dividir, o lance que devia cobrir, isso refletiu no resultado”, disse Ederson.
Ramon Menezes se consolidou nesta terça-feira como o treinador interino com mais jogos pelo Brasil na história centenária do time da CBF. Em março, a derrota foi para Marrocos, 2 a 1 em Tânger-MAR, e no sábado (17), em Barcelona-ESP, a única vitória de Ramon nesse calendário, os 4 a 1 sobre Guiné.
O interino é, neste momento, o nome escolhido pela CBF para comandar a Seleção Olímpica (Sub-23), que deve ter amistosos entre outubro e novembro e, em janeiro, jogará ao Pré-olímpico, na Venezuela. Por esse motivo, há dúvidas se Ramon permanecerá como interino, mesmo com Carlo Ancelotti podendo chegar somente daqui a vários meses.
“Eu, sempre que precisar, vou estar pronto para ajudar. Faz parte da minha personalidade, coragem. Vou sentar com o presidente ainda para conversar e entender a minha posição dentro da CBF”, disse Ramon.