A direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
Nessa discussão, o histórico pesa a favor da convicção dos mandatários da CBF. Em nenhuma das cinco vezes em que o Brasil conquistou a Copa do Mundo, houve apenas um profissional liderando a Amarelinha na preparação para o torneio.
Dentre todos os técnicos que se sagraram campeões mundiais, Carlos Alberto Parreira foi quem teve mais tempo à frente da Seleção Brasileira antes de ficar com a taça. Ele assumiu o posto em outubro de 1991 em amistoso contra a Iugoslávia, com vitória por 3 a 1. Antes, Paulo Roberto Falcão havia sido escolhido para substituir Sebastião Lazaroni.
Mais tempo para Ancelotti
Nos outros quatro títulos de Copa do Mundo da Seleção Brasileira, os técnicos tiveram menos tempo de trabalho do que Ancelotti terá. No planejamento da CBF, o italiano vai comandar a equipe na Copa América de 2024, nos Estados Unidos, marcada para o meio do ano. Dessa forma, ele teria dois anos até o Mundial da América do Norte.
Em 1970, Zagallo assumiu o comando da equipe que marcaria o futebol mundial apenas em março de 1970, pouco antes da viagem para o México. O Velho Lobo foi escolhido para suceder João Saldanha, treinador nas Eliminatórias e que deixou o cargo por divergências com dirigentes da Confederação Brasileira de Desportos (CBD)
No primeiro título da Copa do Mundo, Vicente Feola assumiu o comando da Seleção Brasileira definitivamente apenas em maio de 1958, já na reta final de preparação. Antes, outros treinadores ocuparam o posto, com destaque para Flávio Costa e Zezé Moreira.
Após o título, Feola ficou no cargo até 1960. E abril de 1961, Aymoré Moreira assume o comando do Brasil e dirige a equipe liderada por Garrincha dentro de campo para o título do Mundial de 1962, no Chile.
Na última conquista da Seleção Brasileira, foi Felipão quem se tornou técnico já na parte final do ciclo antes da Copa do Mundo. Depois das saídas de Vanderlei Luxemburgo e Emerson Lesão, Scolari estreou na derrota para o Uruguai no dia 1º de julho de 2021. Ele ainda balançaria no cargo após a eliminação para Honduras na Copa América, mas foi mantido até o Mundial.