É como se James Rodríguez tivesse voltado à estaca zero. Depois de quase sair do São Paulo e passar a ser utilizado pelo técnico Thiago Carpini, o meia colombiano retomou a condição de preterido e ficou de fora da lista de relacionados do triunfo sobre o Vitória, neste domingo, pela quinta rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Com a decisão, Zubeldía deixa claro qual o status do ex-Real Madrid dentro do elenco tricolor.
Desde a chegada do comandante ao Brasil, o assunto James Rodríguez é tema das entrevistas. Foi assim na apresentação oficial, no dia 23 de abril, em que o treinador fez questão de passar um recado para o atleta, afirmando que “a equipe está acima de qualquer nome”.
Pouco depois, Zubeldía partiu para o Equador, onde fez a estreia à frente da equipe na vitória sobre o Barcelona-EQU com um futebol convincente.
No retorno ao país, ele teve uma conversa em particular com James Rodríguez. Afirmou que conta com o colombiano, mas não garantiu que daria oportunidades como titular ou no decorrer dos jogos.
Naquele momento, James estava com um novo problema muscular, que o tirou dos jogos com Flamengo, Atlético-GO e da própria estreia de Zubeldía.
Já no confronto seguinte, que resultou no empate com o Palmeiras, o jogador ganhou poucos minutos na reta final da partida no MorumBis. Em seguida, foi preservado a vitória sobre o Águia de Marabá-PA, pela Copa do Brasil, em um jogo no qual uma equipe mista foi acionada.
Nesse domingo (5), no entanto, havia a expectativa de James reaparecer com a camisa do São Paulo, ganhando minutos na partida diante do Vitória. Porém, Zubeldía decidiu sequer levá-lo para o jogo em Salvador.
“Eu tomo decisões em relação ao que vejo e para isso estou aqui, para tomar decisões. Se não está o James, é porque considero que tem que estar outros companheiros”, disse Zubeldía, em entrevista após a vitória por 3 a 1.
“Tenho clara qual é a minha profissão e tenho clara qual é a minha responsabilidade. Um treinador vive tomando decisões, e tratamos junto com o meu estafe que essas decisões sempre sejam em favor do grupo e que sejam, em sua maioria, positivas”, acrescentou.
Mostrando segurança da decisão tomada, Zubeldía reforçou a escolha pensando no aspecto coletivo.
“O treinador vai ser julgado pelo resultado final, não é? Mas há algo que eu aprendi em 15 anos de profissão, que sempre as decisões vão estar em função do que vejo e em função do conjunto. Então, todos estão considerados, mas ao final do dia ou antes dos jogos, tenho que tomar decisões.”
No duelo com o Vitória, Zubeldía voltou a montar no São Paulo no 3-5-2. No meio-campo, escalou três jogadores com mais características de voltante que sabem sair para o jogo: Bobadilla, Rodrigo Nestor e Alisson.
Com bom futebol, o treinador argentino completou a quarta partida invicto à frente do Tricolor, com três vitórias e um empate.