Marcelo Teixeira, presidente do
“Estamos avançando muito na negociação e estamos bem próximos de um novo acordo para possibilitar a permanência do Neymar por um novo período”, disse Marcelo em entrevista à Rádio Bandeirantes, no último sábado (21).
Teixeira entende que a “operação Neymar”, do ponto de vista de marketing e arrecadação, é um sucesso. O presidente fez um novo acordo com o estafe do atleta e terá de repassar cerca de R$ 85 milhões referentes a patrocínios e explorações comerciais à NR Sports, empresa de Neymar Pai e Nadine, mãe do jogador, até o final de 2026, independentemente da renovação contratual.
“A vinda do Neymar foi uma estratégia importantíssima. Já tínhamos tido um aumento gradativo das receitas. Assumimos com 30 mil sócios, no meio do ano eram 50 mil. Com a vinda do Neymar, alcançamos mais de 75 mil. São receitas alternativas que o Santos vem buscando. Foi o maior patrocínio máster da história, mesmo de quando disputávamos final de Libertadores. Não são receitas suficientes ainda, mas trabalhamos para alcançar um equilíbrio financeiro”, comentou.
“Trouxemos ele ao Brasil, está no Santos, que é a sua casa. Os resultados em todos os sentidos fora de campo foram excelentes: no aspecto financeiro, de imagem, de marketing. E não está concluído. Fizemos uma experiência inicial de cinco meses vantajosa ao Santos e ao Neymar. Hoje, o resultado ainda não é o lucro positivo da operação. Por quê? Porque não concluímos nem sequer os cinco meses. Tivemos um acordo com o Neymar em maio, porque o contrato previa pagamento até 30 de julho. Não há nenhuma dívida. Antecipamos, fizemos um acordo e dividimos esse valor em parcelas até o fim de 2026. Temos receitas garantidas. Mesmo assim, estamos conversando com o estafe do Neymar”, disse o presidente.
No último dia 17 (terça-feira), o craque deu o que falar ao revelar, após jogo festivo na Vila Belmiro, que recebeu uma proposta para atuar no Fluminense durante a disputa do Mundial de Clubes. Já Neymar Pai, em entrevista ao jornal francês L'Équipe, revelou que vai ouvir outros clubes, inclusive os que disputam a Liga dos Campeões.
Teixeira tratou as declarações com normalidade, sem ver falta de respeito com o Santos. O dirigente afirmou que a única proposta que o clube recebeu, até o momento, foi a do Tricolor carioca.
“Ele tem essas questões fora do campo, muitas vezes polêmicas: declarações, atitudes, suas rotinas. É um jogador midiático, com repercussão mundial. Nós devemos entender essas situações. Concordo em partes com a sua colocação. Não dele menosprezar, nem ele nem o Santos. Nunca seriam capazes de menosprezar o Santos. Mas um exemplo: fiz a entrevista num programa e disse que recebi o contato do presidente, não falei que era o Fluminense na época. Uma única proposta. E da minha parte eu falei que gostaria que permanecesse no Santos, treinando, mas que eles poderiam ficar livres para conversar. Conversaram com o Neymar Pai, comigo de novo, eu falei com ele e o filho. E concordamos que ele deveria trabalhar no Brasil para a continuidade no Campeonato Brasileiro”, respondeu.
“Ele (Neymar) disse a mesma coisa. Poderia jogar o Mundial pelo Fluminense. Não vejo nenhum tipo de menosprezo ou desprezo. E aconteceu. O mais importante é que ele não foi. Consta em contrato que o Santos, em comum acordo com o jogador, poderia liberar para o Mundial. Poderia ser importante para Santos e Neymar e ficar na vitrine de uma competição importantíssima a nível internacional. Foi decidido o contrário, pelo condicionamento dele. As interpretações poderiam acontecer de qualquer forma. Ele disputaria o Mundial e voltaria ao Santos. Era a proposta, a única existente na mesa. Eu posicionei o presidente do Fluminense, tenho excelente relação. Falei para ele conversar com o Neymar e que eu conversaria depois. Uma decisão conjunta. Não tinha a hipótese de jogar e permanecer no clube carioca. Era jogar o Mundial e retornar”, complementou.
No último jogo de Neymar pelo Peixe, na