Eleito o melhor atleta do mundo pela Fifa, em 1999, e campeão do Mundial com a Seleção Brasileira, em 2002, o ex-atacante Rivaldo teve que lutar para vencer no futebol e na vida. Aos 51 anos, o antigo ídolo do Barcelona voltou nesta quinta-feira (15) a recordar a infância pobre e o passado de frustração com o Santa Cruz, equipe do coração, mas que dispensou o jogador no início da carreira.
Rivaldo nasceu na cidade do Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Fez a sua formação no Arruda, onde acabou dando os primeiros passos como jogador. De origem humilde, precisou se desdobrar desde cedo.
“Eu vim de uma família muito pobre, eu tinha que treinar, tinha que ir para o colégio estudar, lá eu também vendia picolé e algodão doce para ajudar em casa, era uma situação muito complicada. Eu lutei muito para conquistar o que conquistei, pois passei uma infância com muita dificuldade”, afirmou Rivaldo, em entrevista à
O pentacampeão relembrou o momento da dispensa pelo Santa Cruz, em 1989. Uma saída dolorosa, mas segundo ele, sem mágoas guardadas.
“Eu fui mandado embora na base do Santa Cruz, depois que eu estava treinando pelo clube, um treinador acabou me mandando embora, às vezes é tanta gente, e o professor acabou me passando despercebido e me mandou embora. Eu não tenho nenhuma mágoa disso”, garantiu.
“O meu sonho era ser profissional pelo Santa Cruz, e eu não fui profissional por lá, eu era jogador do amador atuando como profissional. Meu primeiro contrato foi em 1992, onde eu fui transferido para o Mogi Mirim e foi uma alegria enorme ajudar a família, hoje os contratos são bem diferentes do que daquela época, e a primeira coisa que eu fiz no meu primeiro contrato foi ajeitar a casa da minha mãe, dar o melhor pra ela, e eu sou muito feliz por isso”, disse.
No final da carreira de Rivaldo, o Santa Cruz tentou repatriá-lo, mas sem jamais as partes chegarem a um acordo.