O presidente da LaLiga, Javier Tebas, concedeu coletiva de imprensa nesta quinta-feira (25) para falar sobre o caso de racismo sofrido por
Para Tebas, Vini Jr está sendo alvo de racismo por ser um bom jogador. “Estamos conscientes e muito concentrados não apenas na luta contra o racismo, mas também no fato de que o Vinícius está sendo alvo de insultos porque é um grande jogador. É importante ter essa perspectiva”, disse o presidente.
O comandante do Campeonato Espanhol, nessa mesma linha, comparou a situação sofrida por Vini a insultos sofridos por Cristiano Ronaldo e Messi. “Os grandes jogadores - Cristiano Ronaldo e Messi - eram os que mais recebiam insultos [quando jogavam no Campeonato Espanhol]. Homofóbicos, no primeiro caso, e de capacidade intelectual, no outro”, argumentou.
Além disso, o presidente defendeu que quer resolver a questão do racismo na la liga em meses. “Com mais poderes, nós estamos confiantes que podemos resolver esse problema em questão de meses”, finalizou.
Entenda o caso
Foi possível ouvir os gritos de “Mono” (macaco, em espanhol) por parte da torcida do Valencia. O árbitro conversou com oficiais da organização da partida e o jogo foi interrompido.
O sistema de som do estádio anunciou a paralisação do duelo devido ao comportamento dos fãs do Valencia e pediu que a torcida desse fim às “manifestações racistas”. Houve um novo aviso até que, depois de cerca de oito minutos, a partida foi retomada, com Vini Jr em campo.
A partir das repetidas demonstrações racistas, o jogo ficou nervoso. Vini Jr. foi provocado pelo goleiro geórgio Giorgi Mamardashvili, que foi punido com o cartão amarelo. Os jogadores trocaram empurrões no campo.
No fim do confronto, porém, o brasileiro, revoltado e desestabilizado pelos rivais, foi expulso depois de desentender com o atacante Hugo Duro, em quem acertou o braço. Ele levou amarelo, mas após revisão do lance pelo VAR, foi expulso nos acréscimos.
O problema envolvendo a torcida espanhola não é novidade.
Vinícius responde
“Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhois que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui”, completou.
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