O presidente do Clube Atlético Patrocinense (CAP), Roberto Avatar, afirmou nesta quarta-feira (10) que passou, na arquibancada do estádio Major Levy Sobrinho, em Limeira, durante a partida, que virou alvo de investigação da Polícia Federal. Na ocasião, o Patrocinense perdeu por 3x0 para a Inter de Limeira. Roberto Avatar não administrava o clube na época da partida.
Todos os gols foram marcados ainda no primeiro tempo. A plataforma Sportradar identificou que 99% da tentativa da rotatividade no mercado de ‘totais de gols do primeiro tempo’ para esta partida foi para o resultado que se concretizou, o que levantou as suspeitas sobre a integridade da partida.
“Eu estava em uma cabine, no estádio, quando sofreu o segundo gol eu comecei a passar mal, e desci para a arquibancada. No terceiro gol, que foi o mais feio do jogo, um gol contra, eu vi depois por meio de imagens. No domingo, nos reunimos com diretores, e achamos por bem romper essa parceria. Não estou falando que aconteceu algo, porque isso a investigação que irá provar, para que os culpados paguem e o Clube Atlético Patrocinense seja inocentado”, afirmou Roberto Avatar.
A Polícia Federal realizaram 11 mandados de busca e apreensão em Patrocínio (MG), São José do Rio Preto (SP), Tanguá (RJ) e Nova Friburgo (RJ), além das capitais São Paulo e Rio de Janeiro para investigar o caso.
“Quero deixar claro que o clube se coloca à disposição desta comissão, que está imbuída de esclarecer os fatos. Patrocínio está de portas abertas para quem quiser ir lá”, enfatizou Roberto Avatar.
O presidente do Clube Atlético Patrocinense lembrou, em depoimento à CPI, que o então presidente era Ronaldo Correia de Lima, que entregou em 28 de maio, poucos dias antes da partida.
O gestor do futebol do clube na época, Anderson Ibrahim, era o CEO da Agency Air Golden, que administrava o futebol do Patrocinense. Ele seria ouvido nesta quarta-feira (10), mas o presidente da CPI, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), explicou que a oitiva foi remarcada para agosto a pedido do depoente, que alegou que a esposa está grávida de 9 meses, o que impediria a vinda dele para Brasília.
O Patrocinense rompeu a parceria com a Agency Air Golden após o episódio de suposta manipulação de resultado.