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Após ‘fico’ de Dudu, Abel diz como se sente em meio à reformulação do Palmeiras

Treinador ainda dá sinais do espera do comportamento do elenco durante mudanças que também passam pela valorização de jogadores que já estavam no elenco

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras

A diretoria e a comissão técnica do Palmeiras não escondem que o clube atravessa por uma reformulação. Depois de vender o zagueiro Luan e o meia-atacante Luis Guilherme, além de ver a saída do atacante Endrick, o clube vive uma fase de reajustes.

Nesse cenário, ao mesmo tempo que olha para o mercado em busca de reforços pontuais, o técnico Abel Ferreira também mira para o próprio grupo e estuda dar espaço a atletas que trabalharam os últimos meses em busca de mais minutos.

O comandante português também conta com o atacante Dudu, que se viu rodeado de polêmica depois de aceitar e, em seguida, recusar a oferta do Cruzeiro.

A presidente Leila Pereira chegou a dizer que via o fim do ciclo do atleta no alviverde. Mas, depois da decisão do camisa 7 de seguir, o treinador abriu o caminho para o recomeço.

Neste cenário de intensa mudança, que envolve o interesse nas contratações do lateral-direito Giay, do San Lorenzo, e do meia Maurício, do Internacional, o treinador se posicionou como está conduzindo o processo.

“Queres mesmo saber (como conduz a reformulação)? Com amor, carinho e responsabilidade. E eu fico muito triste quando dizem que o meu relacionamento com os jogadores é ruim. Porque essa é a base de tudo. Se quiserem perguntar qual é a base do meu trabalho, a base onde tudo começa é no relacionamento. Por isso, fico triste”, disse Abel Ferreira.

“Quando vejo mentiras estampadas, porque vocês sabem também como eu, deve interessar a alguém dar esse tipo de notícias”, acrescentou o treinador alviverde.

Mais espaço para quem está na casa

Em seguida, Abel Ferreira fez questão de valorizar quem já estava no elenco e que tinha pouco espaço. O caso citado foi o do volante Fabinho, que entrou na reta final da goleada de 4 a 0 sobre o Atlético. No time titular, o prata da casa Naves já emendará a terceira partida consecutiva como titular.

"É com, como te disse, com muito amor e carinho. E com muita responsabilidade. Eu hoje quando vi o Fabinho entrar no jogo. Vou vos dizer o que é que eu lhe disse no final. Quando vejo o Fabinho entrar no jogo, a fazer aquelas duas recuperações, a correr para trás e roubar, eu digo, eu não vou buscar ninguém”, garantiu o técnico.

“Eu não sei se é contigo (Fabinho) que eu vou ganhar ou não. Mas é contigo que eu quero ao meu lado. Não sei se é contigo. Mas é com jogadores assim como ele, com vontade. Como já te disse, a estrela é a equipa. É para a equipa que nós jogamos. E eu gosto desses jogadores. Quando tu precisas, eles entram e dão a vida”, elogiou.

Dedicação tática é pré-requisito

Abel Ferreira também sinalizou a valorização da entrega em campo para ganhar espaço nesse novo momento do clube. Postura, inclusive, que foi reforçada ao “ mandar recados” para o atacante Dudu em entrevista coletiva.

“Eu falo do Fabinho porque aqui toda a gente, olha só, o ataque. Tem que driblar, tem que fintar, tem que correr. Tem que fazer tudo. Tem o gol do Estêvão. As pessoas perguntam-me: ‘ah, mas porquê é que tu disseste que ele fazia coisas diferentes daquilo que já viste?’”, disse.

“O gol que ele fez, já outros aqui o fizeram. Agora, roubar a bola como ele roubou para fazer o gol (veja lance abaixo), poucos o fazem. E é isso que eu convido, eu cobro de todos os jogadores a mesma coisa, mas é, que idade é que ele tem? 17? É o que eu cobro dele”, acrescentou.

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Brenno Costa é jornalista multimídia formado pela Universidade Católica de Pernambuco e pós-graduado em comunicação e marketing pela Estácio. Atualmente, é correspondente da Itatiaia em São Paulo. Antes, trabalhou na Folha de Pernambuco, Diario de Pernambuco/Superesportes e no Globo Esporte.