O Palmeiras foi derrotado pelo Grêmio nesta quinta-feira (21), em Porto Alegre, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. Abel Ferreira deixou o campo antes do final da partida sugerindo “roubo”, e em entrevista coletiva pediu para que o que se passa em campo, fique em campo, classificando a arbitragem do duelo como “hábil”.
Aos 52 minutos da segunda etapa, minutos antes do final, Abel Ferreira deixou o campo da Arena do Grêmio, olhou para as câmeras, fez sinal com a mão e afirmou “isso é roubar”, reclamando de decisão da arbitragem. Na entrevista coletiva, o treinador foi perguntado sobre o caso: “A arbitragem foi hábil. Só isso que direi. Quem me entender, entendeu”, iniciou.
“O que se passa dentro do campo, fica dentro do campo (reclamação). O que vou te dizer, hoje era dia de a bola não entrar. Criamos o suficiente para sair daqui com outro resultado, fizemos tudo e acho que nos primeiros dez minutos entramos longe das marcações que tínhamos definido, a partir disso o jogo foi todo nosso. Não ganhamos porque não fomos eficientes. É dar parabéns para o Grêmio por ter sido eficiente e ganhado o jogo”, seguiu o técnico.
Ao ser perguntado de mais uma fala polêmica sobre a arbitragem, Abel repetiu pedido de Fernando Diniz, técnico da Seleção e do Fluminense, que pediu para que os microfones que acompanham os treinadores sejam retirados.
“Pedir a CBF que nem Diniz fez para tirar microfone (da transmissão), não o ouvirem. Pedir para tirar o cameramen de trás de mim. Não sei se é boa a visão ou não, mas sempre tem ao meu lado. Favor de tirar o cameramen, tem sempre um cara ao meu lado, vendo tudo que eu faço, o que falo. Vejam os jogadores, nossos lances, os árbitros, protagonistas estão dentro das quatro linhas”, esbravejou.
E a derrota?
O Palmeiras foi vazado pela primeira vez após oito jogos sem sofrer gols. A derrota fez com que o Grêmio se aproximasse do Verdão na tabela, com um ponto a mais.
“Depende para o que você quer olhar. Olha para as oportunidades que criamos ou pelo que falhamos? Se olharmos pelo que criamos, quero criar tanto como criamos hoje. Não podemos falhar tanto pelo que criamos, nosso adversário poderia ter feito outro gol em uma transição e não conseguimos fazer”, analisou.
Ao final da partida, o Verdão forçou jogo de ataque contra defesa. O placar de 1 a 0 impediria o Palmeiras de se aproximar do líder Botafogo, que pode ampliar vantagem na liderança para dez pontos.
“Não foi por falta de volume, intensidade, a bola bateu na trave e não quis entrar. Tivemos uma transição do Rony, entre outros, o volume foi grande para a pouco eficácia. Foram 18 arremates, mas o futebol é feito de eficácia e nesse quesito nosso adversário foi melhor. Chutou metade das vezes que nós e venceu a partida”, explicou o treinador.
Jogo contra o Boca
O Verdão se preocupa agora com o Boca Juniors, pela Copa Libertadores. O time viaja para Argentina para partida de ida das semifinais da competição, na próxima quinta-feira (28), às 21h30 (de Brasília).
“Vou voltar a repetir o que digo há três anos. Cada jogo, adversário e contexto são diferentes. Não dá para comparar, agora teremos um jogo pela Libertadores contra um adversário diferente, campo diferente e agora vamos nos preparar para essa outra decisão e esperamos conseguir chegar em mais uma”, finalizou