Auxiliar de Abel Ferreira no Palmeiras, João Martins detonou a arbitragem de Jean Pierre Gonçalves no empate por 2 a 2 de seu time contra o Athletico, na tarde deste domingo (2) na Ligga Arena, emn Curitiba. E citou que o ‘sistema’ não quer que o Verdão conquiste o Bi do Brasileirão.
“Pela saúde mental da comissão técnica, ainda bem que sou eu hoje aqui. Nós entendemos que o futebol brasileiro passa uma imagem do futebol mais competitivo do mundo porque ganham vários. Mas ganham vários porque muitas vezes não deixam os melhores ganhar. Mais uma vez o que aconteceu hoje. Entendemos que é ruim para o sistema o Palmeiras ganhar dois anos seguidos”, disse Martins, sem explicar direitinho o que seria o “sistema”.
Abel Ferreira, conhecido por sempre reclamar das arbitragens, não ficou no banco de reservas neste domingo por estar suspenso pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). A punição ocorreu por ele ter tomado o celular da mão de um repórter após o jogo contra o Atlético, em maio.
Martins tinha um combo de reclamações de Jean Pierre: primeiro a não expulsão de Zé Ivaldo, que acertou uma cotovelada em Endrick logo aos três minutos de jogo. O pênalti foi marcado (Endrick perdeu), mas Ivaldo só recebeu o cartão amarelo.
O auxiliar também questionou o primeiro cartão amarelo recebido por Garcia. O lateral-direito receberia o segundo amarelo no segundo tempo, e seria expulso, após a bola bater em seu braço em pênalti que abriria a reação do Athletico, que empatou o jogo após estar perdendo por 2 a 0.
“O que aconteceu aqui foi uma vergonha. Deu amarelo ao Garcia por retardar lateral, é incrível. Por isso que na Europa ninguém assiste ao futebol brasileiro, parece mais teatro. O pênalti [para o Athletico] correto, o cartão amarelo naquele lance, correto, mas que virou vermelho por causa de um primeiro amarelo ridículo, por isso que lá fora o futebol brasileiro não tem credibilidade”, atacou Martins.
Martins exaltou a atuação de seus jogadores, disse que precisou fazer as alterações após a expulsão para recompor o time - no fim da partida Rony atuou no sacrifício, após torcer o tornozelo, porque as cinco substituições tinham sido feitas.
“Podem nos expulsar quantas vezes forem necessárias, que vamos continuar lutando, nossos jogadores vão continuar lutando”, disse Martins.