A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) repudiou as falas de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, presidente do
A relação entre Flamengo e Libra não é boa e teve o ápice da cizânia no final do mês de setembro, quando o Rubro-Negro carioca buscou uma liminar para bloquear o repasse dos direitos de transmissão para os clubes da liga.
Contudo, Bap subiu o tom nesta quarta-feira (15). Em entrevista ao Uol, Bap disse que o Flamengo é excluído de todas as decisões da Libra. Entretanto, ele destacou que o clube carioca não irá aceitar imposições na liga.
Ele ainda chegou a garantir que a organização é tendenciosa ao interesses do Palmeiras.
“A Libra é verde. A Libra é toda verde. A Libra é palmeirense. O Sica é advogado do Palmeiras. Virou advogado de outros clubes. Tá certo? Ele é advogado. Ele advoga para outros clubes que estão na Libra”, disparou.
Veja a nota da Libra
O Presidente do Flamengo, em entrevista ao jornalista Rodrigo Mattos, fez novas declarações que demandam esclarecimentos por parte da LiBRA, que representa seus profissionais, clubes associados e os mais diversos participantes do futebol brasileiro.
Ataque aos profissionais da LiBRA
A Liga do Futebol Brasileiro tem trabalhado intensa e corretamente há mais de cinco anos. Todos os seus profissionais têm como único objetivo servir ao coletivo de Clubes que fundaram a Associação e querem, juntos, melhorar o ambiente do Futebol Brasileiro, desenvolver a tão necessária Liga de todos e elevar a discussão para um nível técnico, profissional e ético.
Atacar um profissional com trajetória e reputação reconhecidas, além de ampla, profunda e rara experiência no futebol, por meio do time que ele torce, é praticar ato tão grave quanto os que condenamos com veemência quando ocorrem nas arquibancadas dos estádios.
Lamentavelmente, quem deveria dar o exemplo positivo faz o oposto. A LiBRA reitera seu total apoio, respeito e a mais absoluta confiança nos profissionais que a representam.
Afirmação de que “A LiBRA é toda verde”
Na mesma entrevista, o presidente do Flamengo afirma que a “LiBRA é toda verde”. Uma afirmação descontrolada e negligente, que demonstra um aspecto oportunista de quem quer jogar para o torcedor e não mede a irresponsabilidade e o desrespeito da sua fala.
A LiBRA é preta e branca; azul, branca e vermelha; verde, vermelha, amarela e branca; grená e branca; vermelha e preta; azul, preta e branca; verde e branca; azul e branca;
preta, branca e vermelha; azul-marinho e branca; e preta, amarela e branca.
A LiBRA é Atleticana, Bahêa, Brusquense Quadricolor, Afeana, Flamenguista, Gremista, Bugrina, Palmeirense, Paysandu, Massa Bruta, Remista, Santista, São Paulina, Leonina e Voltaço. Com muito orgulho. A LiBRA é verde e amarela e torce para os clubes e pelos clubes do futebol brasileiro.
Números e modelo de distribuição de receitas
A LiBRA esclarece que, desde 2021, todos os clubes associados participam da construção do Estatuto de forma transparente, colaborativa e equânime, contribuindo com sugestões e revisões ponto a ponto — incluindo o Flamengo. As gestões anteriores do próprio clube estiveram presentes em todas as etapas do processo e aprovaram o conteúdo final do Estatuto em 2024.
Cabe ressaltar que o atual cenário de divergência intensificou-se apenas com a nova gestão do clube.
A LiBRA sempre priorizou o diálogo aberto e construtivo com todos os seus associados e jamais tratou o Flamengo ou qualquer outro clube de maneira distinta. Somente em 2025, entre fevereiro e agosto, foram realizadas várias reuniões com a participação dos clubes, todas voltadas à busca de consenso.
A entidade reforça que sempre manteve o canal aberto para ouvir e avaliar todas as reivindicações do Flamengo, buscando construir uma solução conjunta e respeitando o processo coletivo da Associação. Portanto, é inverídica a afirmação de que o Flamengo tenha perdido receita com o novo modelo. Pelo contrário:
● Em 2024, o clube faturou cerca de R$ 4,4 milhões por jogo no cenário sem mínimo garantido (Cenário A) e R$ 7,6 milhões por partida considerando o “Mínimo Garantido Premiere” (Cenário B);
● Em 2025, com o novo contrato e a vigência da Lei do Mandante (que prevê a comercialização apenas dos jogos como mandante), a projeção de receita é de R$ 10,6 milhões por jogo — o que representa mais de 130% de aumento em relação ao Cenário A e mais de 35% de ganho frente ao Cenário B.
O fato é que o clube carioca, incorretamente, inclui em suas contas o valor do mínimo garantido que esteve fora da negociação desde o início, por opção do comprador.
A LiBRA reafirma que atua com equilíbrio, transparência e respeito entre todos os associados, sem privilegiar ou prejudicar qualquer clube. Cada membro da Liga tem papel essencial para o fortalecimento do futebol brasileiro — e a entidade não abre mão desseprincípio.