Com conhecidas dificuldades financeiras, o
O Timão dificilmente conseguirá liquidar toda a dívida, estimada em mais de R$ 40 milhões, antes de dezembro — mês em que o repasse será feito pelo bloco responsável pela negociação coletiva dos direitos de transmissão.
Essa será a última grande receita prevista pelo clube em 2025, excluindo eventuais vendas de atletas e premiações esportivas. O montante exato, porém, é incerto, pois está atrelado ao desempenho do Corinthians na tabela e também ao índice de audiência.
Como funciona a divisão da receita de TV/streaming da LFU
- 45% de forma igualitária (todos os clubes recebem a mesma quantia);
- 30% conforme a classificação final no Campeonato Brasileiro (performance);
- 25% de acordo com audiência e engajamento comercial.
Meses atrás, o Corinthians chegou a negociar com a LFU o adiantamento de R$ 27 milhões dessa fatia variável de performance, além de um empréstimo de R$ 30 milhões. Em agosto, porém, as tratativas foram encerradas, já que o presidente Osmar Stabile entendeu não ser vantajoso aceitar a condição imposta pelo bloco: a prorrogação do contrato com a LFU por mais um ano, até 2030.
O clube já sinalizou ter recursos para pagar 70% da dívida com o Santos Laguna, referente à compra do zagueiro Félix Torres, em 2024. Os mexicanos, no entanto, exigem o pagamento integral e à vista, sem possibilidade de parcelamento.
Em agosto, o Corinthians recebeu cerca de R$ 64 milhões: foram R$ 50 milhões da Nike e R$ 14 milhões pela transferência do ponta Kauê Furquim ao Bahia. Esse valor, no entanto, foi direcionado para o custeio de despesas correntes.
Mais do que quitar a pendência com o Santos Laguna, a diretoria avalia que a receita da LFU pode servir para solucionar outros potenciais transfer bans. Se não chegar a um acordo com o meia Matías Rojas até o dia 7 de outubro, por exemplo, o clube pode ser novamente punido, tendo que arcar com pouco mais de R$ 40 milhões.
Além disso, o Corinthians ainda corre risco de sofrer novas sanções do CAS (Corte Arbitral do Esporte) por dívidas envolvendo:
- o Talleres, da Argentina (meia Rodrigo Garro) - US$ 4,3 milhões (R$ 23,3 milhões)
- o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia (renovações do empréstimo de Maycon) - 1,07 milhões de euros (R$ 6,7 milhões)
- e o Philadelphia Union, dos Estados Unidos (compra do volante José Martínez) - US$ 1,5 milhão (R$ 8 milhões)