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Gabigol relembra erro decisivo em Corinthians x Cruzeiro e faz forte desabafo

Centroavante desperdiçou pênalti contra o Timão no último domingo (14), que colocaria o time celeste na final da Copa do Brasil

Gabigol desperdiça pênalti contra o Corinthians, pela semifinal da Copa do Brasil

O erro decisivo de Gabigol na semifinal da Copa do Brasil entre Corinthians e Cruzeiro voltou ao centro dos debates. O atacante do time celeste se pronunciou novamente sobre o episódio nesta sexta-feira (19), em entrevista ao podcast Podpah.

Ao relembrar o lance, Gabriel Barbosa fez um desabafo. O jogador descartou a hipótese de ter errado a cobrança de propósito, falou sobre um “choque de narrativas” e assumiu a responsabilidade pela falha.

Além disso, o camisa 9 demonstrou resiliência e afirmou que, caso volte a ser exigido em outro momento decisivo, não fugirá da responsabilidade. Leia abaixo o que disse Gabigol:

“É loucura a pessoa falar isso (que perdeu o pênalti de propósito). É loucura também acreditar nisso. A pessoa falar é loucura, mas acreditar...

“Eu fico muito puto com isso. E outra, com isso e com mentiras. Falaram que eu estava vendido antes do jogo. Agora essa questão do pênalti. É tudo uma narrativa que é criada... como é que eu vou bater um pênalti e vou querer errar? Era uma chance de matar ali. O mundo é muito louco. Se eu faço, é o predestinado, é o maior ídolo da história, estava aqui para isso... se dedicou o ano todo, ficou no banco quieto... por isso ele veio, a torcida ama ele. Se eu erro é o vagabundo.”

“Eu errei. Eu errei. Tenho que assumir que eu errei. É a primeira vez que erro um pênalti muito decisivo na minha vida. É um pênalti muito complicado para os dois lados. Para mim e para o Hugo. A gente treinou cinco, seis anos juntos. É um pênalti muito complicado. Não tem desculpa. Eu errei.”

“Ele sabe o jeito que eu bato, eu sei o que ele poderia fazer. De uma forma ou de outra, eu bati mal o pênalti. Não tem desculpa. Eu errei. Se tiver um pênalti amanhã eu bato de novo, não tem problema nenhum. Minha carreira todinha foi feita... eu estou aqui porque assumi muitas coisas na minha carreira e agora não vai ser diferente. Se tiver outro (pênalti) amanhã eu vou estar lá.”

Sentimento pelo pênalti perdido:

“Claro que eu fiquei sem dormir três dias. Você começa a lembrar das pessoas que te ajudaram para estar ali. Sei do esforço do Pedrinho, sei do esforço do Cruzeiro. A torcida do Cruzeiro comigo, foi eles que me mantiveram em paz o ano todo. Quando eu joguei contra o CRB, três minutos, deu vontade de mandar todo mundo para o caralho. A torcida do Cruzeiro me abraçou. A torcida cantou parabéns para mim no meu aniversário, nunca tinha vivido isso. Quando eu erro e eu decepciono as pessoas que me ajudaram e que querem o meu bem. Isso é horrível.”

“Só que não esperem de mim que eu vou morrer, chorar, me ajoelhar. Não é do meu perfil. O que eu tenho que fazer é trabalhar para caralho e dar a resposta ano que vem. Não tem outra coisa para fazer.”

Gabigol pelo Cruzeiro

Contratado no início da temporada com status de uma das maiores movimentações da janela de transferências, Gabigol viveu uma quebra de expectativa no Cruzeiro. O atacante passou de estrela e titular absoluto a reserva de luxo ao longo do ano, cenário influenciado pela chegada do técnico Leonardo Jardim.

Ao todo, o atacante disputou 49 partidas na temporada, com 13 gols marcados. Foram dois tentos na Copa Sul-Americana, cinco no Campeonato Mineiro e seis no Campeonato Brasileiro. Gabigol não balançou as redes em nenhuma partida da Copa do Brasil.

Dos 49 jogos, iniciou 23 como titular e entrou em campo em outras 26 oportunidades, vindo do banco de reservas.

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Mineiro, Daniel Costa é jornalista formado pela Universidade FUMEC (BH). Apaixonado por esporte e comunicação, atuou como cronista e repórter esportivo em veículos como Doentes Por Futebol, Deus me Dibre, Esporte News Mundo e Brasileirão. Hoje, colabora com o Itatiaia Esporte.

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