Torcedor icônico do
Lô Borges morreu no último domingo (2) em BH, por falência múltipla de órgãos, aos 73 anos. O fundador do Clube da Esquina tinha o Cruzeiro como uma das paixões da vida e admitiu que a equipe celeste
“Chegou a influenciar sim. Eu tinha grandes prazeres com o Cruzeiro e eu tentava transformar aquilo em música. Eu não cheguei a fazer nenhuma música especificamente para o Cruzeiro, mas cada alegria que o time me dava era um motivo para pegar o violão e criar uma coisa nova. Quando você está feliz, com certeza compõe melhor”, contou o cantor de MPB, em entrevista à Revista do Cruzeiro em 1996.
Coroa de flores do Cruzeiro em homenagem a Lô Borges
Em outro ponto da mesma entrevista, o icônico cantor afirmou que tinha como sonho ver uma faixa no Mineirão em meio à torcida do Cruzeiro com os dizeres “Trem Azul”, clássica canção composta por ele. A morte de Lô Borges fez com que os cruzeirenses
“Até cobro dos cunhados mais novos, o pessoal da nova geração, o pessoal que frequenta mesmo o Mineirão e cria torcida. Tem uma música minha chamada Trem Azul, que foi gravada pela Elis Regina, pelo Tom Jobim, que seria um ótimo nome para torcida organizada do Cruzeiro. Não sei porque ainda não pegaram este nome. Sou a fim de ver a faixa ‘Trem Azul’. Acho que a solução para esta torcida existir vai ser eu mesmo criá-la”, disse Lô Borges, à época.
Morre Lô Borges
O artista mineiro, natural de Belo Horizonte, estava internado no Hospital Unimed, em Belo Horizonte, desde o dia 18 de outubro tratando um
Lô Borges em foto para a Revista do Cruzeiro de setembro a outubro de 1996
Em nota enviada à Itatiaia, a equipe do artista revelou que ele deu entrada na unidade de saúde por conta de uma “intoxicação medicamentosa” e, na época, foi submetido a exames para um diagnóstico mais preciso.
Lô Borges deixa um filho, Luca Borges, de 27 anos, cinco irmãos, Márcio, Telo, Marilton, Nico e Yé, e uma legião de fãs e admiradores.