O empresário mineiro Vinícius Diniz, principal nome à frente do futebol na futura Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do
Antes de Diniz, o investidor mineiro Márcio Cadar, especialista em mercado de capitais, também havia
Diniz era considerado peça-chave na estrutura da SAF e o único entre os acionistas com experiência direta no mundo do futebol. Convidado a integrar o grupo ainda no fim de 2024, o empresário foi incumbido da missão de liderar todo o processo esportivo da nova gestão.
Ao lado de investidores com histórico no mercado financeiro, como Marcus Bitar, Alexandre Kubitstcheck, Iran Barbosa e Fernando Vieira, Diniz foi o responsável por trazer nomes de peso para a disputa da
Entre os destaques estão o atacante Thiago Galhardo, que assinou contrato por dois anos, e o goleiro Felipe Alves, que firmou vínculo de três temporadas. Apesar da importância estratégica, Vinícius era um sócio minoritário e não detinha poder de decisão final no projeto.
Em sua nota de despedida, o empresário agradeceu à torcida coral, destacou seu empenho na tentativa de reestruturação do clube e desejou sucesso ao projeto da Cobra Coral Participações S/A, empresa responsável pela aquisição de 90% da SAF tricolor.
“Foram dias intensos de trabalho, sempre com o objetivo de contribuir para que a SAF do Santa Cruz se tornasse uma realidade — no meu caso, com foco na mudança de mentalidade no futebol e na ativação de um processo sólido de reestruturação”, escreveu Diniz.
O presidente do Santa Cruz, Bruno Rodrigues, lamentou o desligamento do empresário mineiro e destacou a expectativa de uma substituição à altura por parte dos investidores da SAF.
“Lamento inicialmente a saída de Vinícius Diniz. Ele é um grande profissional. Uma pessoa correta e que busca dar o seu melhor nas contratações. Era o homem do futebol, já havia sido anunciado pelo grupo como responsável pela área”, disse Bruno à Rádio Clube.
“Diniz tinha um papel importante. De toda forma, os investidores devem rapidamente conseguir um nome à altura para substituí-lo e tocar a parte do futebol. Reafirmo: a saída dele é lamentável pela capacidade e pelo que vinha entregando”, acrescentou.
Qual a situação atual da SAF do Santa Cruz?
O processo de transformação do Santa Cruz em SAF segue a passos lentos. A diretoria coral aguarda respostas de uma série de questionamentos enviados aos investidores que conduzem a proposta.
As perguntas foram elaboradas pelo Conselho Deliberativo e pelo Conselho Fiscal do clube, com o objetivo de esclarecer pontos sensíveis da operação, como garantias financeiras e condições contratuais.
A proposta, elaborada pela Cobra Coral Participações S/A, prevê a aquisição de 90% das ações da futura SAF tricolor por um valor estimado em R$ 1 bilhão, a ser diluído ao longo de 15 anos.
O plano também estabelece um investimento no patrimônio mínimo inicial de R$ 100 milhões. Esse valor, no entanto, não representa um teto, mas sim uma cláusula de segurança: caso não seja cumprido, a associação manterá o controle do estádio e outras garantias patrimoniais.
Enquanto a SAF ainda depende de ajustes e esclarecimentos, o Santa Cruz segue em campo com o elenco montado sob influência direta de Diniz, agora fora da operação. O clube lidera o Grupo A3 da competição com 24 pontos e já está classificado para a segunda fase.