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Após rebaixamento do ABC para Série D, presidente desabafa e divide responsabilidades

Dirigente ressaltou que cumpriu compromissos financeiros, mas dentro de campo time não correspondeu

Eduardo Machado, presidente do ABC

O ABC confirmou no último sábado (30) o rebaixamento para a Série D do Campeonato Brasileiro após cinco anos, ao perder por 1 a 0 para o Itabaiana, no Frasqueirão, em Natal. O resultado encerrou uma campanha marcada por instabilidade, com a equipe terminando a Série C de 2025 na 18ª colocação.

Foram 18 pontos em 19 jogos, sendo duas vitórias, 12 empates e cinco derrotas, que culminaram em um aproveitamento de apenas 31%. O clube não conseguiu vencer nenhuma partida como mandante na competição.

Nesta segunda-feira (1º), o presidente Eduardo Machado se pronunciou sobre a queda e assumiu responsabilidade, mas ressaltou que o insucesso deve ser compartilhado com outras áreas do clube.

“Em momento algum fugi e não vou fugir da minha responsabilidade como presidente do clube. Agora, eu acho que essa responsabilidade precisa ser dividida. Eu tenho a minha parcela de culpa por decisões tomadas e por decisões não tomadas”, declarou.

“A gente precisa dividir essa responsabilidade com o executivo [Agnello Gonçalves], com a comissão técnica e, principalmente, com os atletas. A gente viu a quantidade de eventos que aconteceram com o ABC na temporada e isso não foi só culpa do presidente”, acrescentou.

Apesar do fracasso dentro das quatro linhas, Eduardo Machado destacou que não faltou disposição e empenho da diretoria, lembrou que o clube conseguiu manter os salários em dia e tentou reagir até as últimas rodadas.

“Infelizmente, as coisas em campo não aconteceram, embora não tenha faltado disposição, embora não tenha faltado vontade de acertar. Mesmo diante de todas as adversidades que nós enfrentamos no início do ano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil”, disse.

“Eu lembro que quando essas duas eliminações aconteceram as pessoas diziam que eu não chegava a maio, que o clube iria atrasar salário e a gente chegou ao final da temporada com salários rigorosamente em dia”, continuou.

“Nós fomos até às últimas consequências. Vocês viram que faltando três rodadas para terminar o campeonato, a gente ainda trouxe três atletas de qualidade para tentar ainda reverter a situação, mas infelizmente nós não conseguimos”, complementou.

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O mandatário lamentou o desempenho do elenco e a temporada abaixo do esperado, que terminou com o segundo rebaixamento do ABC para a última divisão do futebol brasileiro.

“Por parte desta direção, nunca faltou empenho para que a gente pudesse desempenhar um bom papel dentro de campo. Tivemos um ano terrível dentro de campo que, certamente, não vai deixar saudades para ninguém, nem para a gente, nem para o nosso torcedor”, concluiu.

O primeiro rebaixamento aconteceu em 2019, com retorno à Série C em 2022, após duas temporadas na quarta divisão. Agora, o clube volta a encarar o desafio de recomeçar a caminhada no futebol nacional no último nível.

Lincoln Oriaj é correspondente da Itatiaia em Salvador e cobre o futebol do Nordeste. Além de contar histórias sobre o esporte na Bahia, possui experiência com cobertura de grandes festas como Carnaval e São João. Antes da Itatiaia, fez a ASCOM do Botafogo/BA e colaborou em TVE, ge.globo e Jornal A TARDE.