O Ministério Público de Istambul anunciou, nesta sexta-feira (26), 24 pessoas foram presas acusadas de envolvimento no escândalo de apostas esportivas na Turquia. A investigação, assunto do país nos últimos meses, já levou seis árbitros à prisão.
Segundo um comunicado do gabinete do promotor divulgado nesta sexta-feira, “foram emitidos 29 mandados de prisão, entre eles contra 14 jogadores, e 24 pessoas já foram colocadas sob custódia policial”. Dos detidos, 14 são jogadores.
Ex-presidente do Galatasaray, Erden Timur, foi um dos presos pela investigação. Além dele, o vice-presidente do Eyupspor AS, Fatih Kulaksiz, e um dirigente da Federação Turca de Futebol (TFF) também foram detidos.
Ainda conforme o MP, seis suspeitos são acusados de ter “influenciado o resultado do jogo Kasimpasa-Samsunspor” em 26 de outubro de 2024. Já os 14 jogadores de terem “feito apostas para afetar o resultado da partida”, apostando na vitória da equipe adversária contra a própria equipe.
As denúncias envolvendo esquema de apostas foram reveladas pelo presidente da TFF no dia 28 de outubro. Desde então, várias prisões foram feitas e mais de 100 jogadores foram suspensos.
A TFF também suspendeu 149 árbitros e assistentes. No dia 10 de novembro, um tribunal de Istambul ordenou a prisão preventiva de seis árbitros suspeitos de envolvimento em apostas
esportivas.
“Crise moral”
O presidente da TFF, Ibrahim Haciosmanoglu, descreveu o caso como uma “crise moral no futebol turco”.
A própria investigação da entidade revelou que 371 dos 571 árbitros ativos nas ligas profissionais da Turquia possuíam contas em sites de apostas, e 152 deles apostavam ativamente.
Um árbitro chegou a realizar 18.227 apostas, enquanto outros 42 apostaram em mais de mil partidas cada. Alguns foram descobertos realizando apenas uma aposta.