Jogadoras do Avaí/Kindermann fizeram uma séria denúncia na noite dessa terça-feira (21), nas redes sociais. As atletas expuseram as condições de trabalho a que estão submetidas.
A volante Bárbara Timbó, a goleira Quézia Proença, a zagueira Thamirys Lima, a lateral Raquelzinha e a meio-campista Brendha Patrícia fizeram uma postagem conjunta no Instagram e contaram que estão enfrentando dificuldades como escassez de comida e salários atrasados.
No texto, elas relataram que não tinham condições de comprar itens de higiene básica. As jogadoras do Avaí Kindermann também contaram que há atletas lesionadas esperando por cirurgias há meses. [Leia o texto completo ao fim da matéria].
“Do início da temporada até hoje a alimentação foi ficando escassa é não é condizente com as necessidades de atletas de alto rendimento, falta o básico”, contam.
“Duas atletas sofreram lesões graves, rompimento do LCA, em abril e agosto, até hoje não realizaram submetidas a cirurgia reparadora”, diz outra parte do texto.
No final, as jogadoras ressaltaram que os dirigentes da equipe fizeram promessas e não as cumpriram.
“O presidente do Avaí Julio Azzurra , o presidente Kindermann Rafael Sardá, o diretor Jonas Estevão da Silva realizaram inúmeras promessas de pagamento, mas nunca realizaram. Respeitem as mulheres!”, finalizaram.
Final do Campeonato Catarinense
As jogadoras também anunciaram que tomaram a decisão de não disputar o jogo de volta da final do Campeonato Catarinense. Segundo elas, o time está sem salário há quatro meses e ficou todo o torneio sem receber.
“O campeonato catarinense 2025 começou 19 de julho, realizamos todos os treinos e os 9 jogos, ou seja, chegamos à final disputando todo o campeonato sem qualquer salário”, escreveram.
O Avaí/Kindermann enfrenta o Criciúma na final. O jogo de ida terminou empatado por 1 a 1. A partida de volta está marcada para o sábado (25), às 15h (de Brasília), no Estádio Salézio Kindermann, em Caçador (SC).
Leia a denúncia completa das jogadoras do Avaí/Kindermann
“Nós fomos contratadas em fevereiro desse ano. O Salário de abril foi pago em três vezes, a última parte em junho. O salário de maio, foi pago em duas vezes, a última em 31 de julho. Desde julho não há pagamento de salário, ou seja, 4 meses de trabalho sem salário.
O campeonato catarinense 2025 começou 19 de julho, realizamos todos os treinos e os 9 jogos, ou seja, chegamos à final disputando todo o campeonato sem qualquer salário.
Do início da temporada até hoje a alimentação foi ficando escassa é não é condizente com as necessidades de atletas de alto rendimento, falta o básico.
Não tínhamos dinheiro sequer para comprar os materiais de higiene pessoal.
Duas atletas sofreram lesões graves, rompimento do LCA, em abril e agosto, até hoje não realizaram submetidas a cirurgia reparadora.
O presidente do Avaí @julio_azzurra , o presidente Kindermann @rafasarda , o diretor @jonasestevaodasilva realizaram inúmeras promessas de pagamento, mas nunca realizaram.
Respeitem as mulheres!”
