A única saída para o Fortaleza se livrar do “transfer ban” imposto pela Fifa será negociar um ressarcimento financeiro ao Colo-Colo-CHI, apurou a Itatiaia.
O clube brasileiro foi proibido pela Câmara de Resolução e Disputas de contratar por duas janelas de transferência por, no entendimento da entidade, dever aos chilenos pela contratação do atacante argentino Martín Lucero, em janeiro de 2023.
Com isso, o Fortaleza só poderia voltar a registrar novos atletas em janeiro de 2025. Lucero também foi suspenso por quatro meses, o que o tira do restante desta temporada.
O departamento jurídico do Leão fará dois movimentos: entrar com um recurso no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), na Suíça, pedindo a anulação das duas decisões da Câmara da Fifa. E, ao mesmo tempo, pedir o efeito suspensivo para Lucero até que o tribunal julgue o recurso.
O Fortaleza espera que o efeito suspensivo possa ser analisado logo, até mesmo antes do jogo do próximo domingo (13) contra o Santos, às 18h30 (de Brasília), na Arena Castelão, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A.
A possibilidade de o recurso dar certo, entretanto, é pequena, segundo profissionais com experiência em processos no TAS ouvidos pela reportagem. É raro que o tribunal na Suíça, que é a última instância em casos envolvendo questões jurídicas do esporte, reverta casos de “transfer ban”.
A solução para o Fortaleza, então, para acabar com a proibição de contratar será entrar em acordo com o Colo-Colo, pagando um valor para que o clube chileno retire a demanda da Fifa. Na ação, os chilenos pedem US$ 2 milhões (R$ 9,8 milhões), mas é provável que em uma negociação esse valor seja reduzido bastante.
Os chilenos acionaram a Fifa alegando não pagamento da rescisão de contrato na saída do atleta para o Fortaleza, em janeiro de 2023. Lucero seria titular do Fortaleza na terça-feira (8) contra o Libertad-PAR, na Arena Castelão, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, quando pela manhã a direção do clube foi notificada do “transfer ban” e da suspensão.
O Fortaleza assinou com Lucero até o fim de 2025. O jogador alega que o clube chileno recebeu US$ 1 milhão (R$ 4,8 milhões) de indenização no início de 2023, o que fez dele um agente livre.
A direção do Colo-Colo diz que Lucero não tinha cláusula de saída e acusa o Fortaleza de ter induzido o rompimento de contrato que vencia em dezembro de 2025.