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Vojvoda, técnico do Fortaleza, critica gramado do Castelão: ‘nos atrapalha’

Campo foi reformado no início de 2023, mas voltou a receber muitas partidas: em oito dias foram cinco confrontos

Hércules, do Fortaleza, em ação contra o Bahia no péssimo gramado da Arena Castelão

O gramado da Arena Castelão, considerado um dos piores do Brasil em 2022, voltou ser alvo de críticas neste sábado (3), após o empate por 0 a 0 entre Fortaleza e Bahia, pelo Brasileiro da Série A. O técnico do time da casa, Juan Pablo Vojvoda, foi direto: o campo atrapalha seu time.

“O campo atrapalha muito. Falo pouco sobre isso, não gosto de dar desculpas, até compreendo que ontem [sexta] teve jogo, mas treinamos todos os dias em nosso campo, no Pici, e o campo é bom. O Fortaleza precisa ter boas condições no gramado pela maneira como jogamos, com muitas movimentações”, disse Vojvoda.

Como o Ceará, na Série B do Brasileiro, voltou a jogar no Castelão, o estádio retoma uma quantidade de partidas muito grande, e na sequência. Nos últimos oito dias foram incríveis cinco compromissos no Castelão, três do Fortaleza e dois do Ceará.

“Temos que encontrar um meio termo, para o bem do futebol cearense. O torcedor que lota o estádio merece um bom espetáculo. Mais de 40 mil pessoas nos jogos de Fortaleza e do Ceará, e que precisam ver bons jogos. Vamos sentar, conversar, estamos abertos a ajudar”, disse Vojvoda.

Entre dezembro e o início de março, o gramado do Castelão foi reformado. O Governo do Ceará, que administra a arena, gastou quase R$ 2 milhões por melhorias no estado e drenagem, além de outras benfeitorias em estruturas como assentos, banheiros, vestiários e acessos.

Em 2022, o Castelão recebeu 73 jogos e foi o estádio usado na elite brasileira que mais partidas teve, superando Maracanã e Mineirão, com 65 confrontos cada.

Representantes do governo dizem que é impossível manter o gramado bom, mesmo reformado, com tantos jogos seguidos. Os clubes alegam que têm número alto de sócios-torcedores e não podem atuar no outro estádio da cidade, o Presidente Vargas, onde cabem cerca de 20 mil pessoas.

“O gramado também está dificultando, está muito ruim. Nossa equipe gosta do jogo rápido, e o gramado está dificultando. Mas não é uma desculpa. É algo que tem que melhorar”, disse o volante Caio Alexandre, seguindo a linha falada por Vojvoda.

O Ceará jogará sábado que vem, dia 10, no Castelão pela Série B contra o CRB, e depois disso o estádio ficará com 14 dias sem partidas, com a parada dos campeonatos por causa da Data-Fifa. Chance de melhorar um pouco.

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.