Em 2008, o Fluminense chegava a sua primeira final de Copa Libertadores e como favorito. Afinal, o rival era a até então desconhecida LDU, do Equador, com pouca tradição no futebol sul-americano. E o sonho da inédita conquista passou de realidade para um pesadelo, em um Maracanã com mais de 80 mil tricolores.
Passaram-se 15 anos, e o Fluminense está de volta à final continental. Na raça, o
Naquele ano, o Fluminense passou muito perto do caneco. Mesmo perdendo o primeiro jogo em Quito, teve forças para reverter a diferença no Maior do Mundo, mas parou nos pênaltis. Ou melhor, em Cevallos. Na decisão, derrota por 3 a 1 e uma das maiores decepções de toda sua centenária história.
O caminho até a final
Para chegar à final de 2008, o Fluminense integrou e foi líder do Grupo 8 da competição. Em sua chave, a própria LDU, Arsenal Sarandí-ARG e Libertad-PAR. Foram 13 pontos conquistados e a liderança. Os equatorianos avançaram em segundo lugar com 10 pontos, o mesmo que o Tricolor fez neste ano, no Grupo D.
Nos confrontos na primeira fase, houve três vitórias no Maracanã, sem sequer sofrer gols. A equipe aplicou 6 a 0 no Arsenal; 2 a 0 no Libertad e 1 a 0 na LDU. Fora de casa, perdeu por 2 a 1 para os paraguaios, empatou sem gols com os equatorianos e venceu os argentinos por 2 a 0.
Com a melhor campanha da primeira fase, encarou o Atlético Nacional-COL, pior segundo colocado. Nas oitavas, duas vitórias: 1 a 0 e 2 a 1. Em seguida, o rival foi o São Paulo, atual campeão brasileiro e que se sagraria ao final do ano tricampeão nacional consecutivo. Depois de perder por 1 a 0, no Morumbi, reverteu para 3 a 1, no Rio, com gol de Washington, no minuto final.
Na semifinal, outra pedreira. Possível rival na decisão desse ano - e rival que eliminou o Fluminense em 2012 do torneio - o Boca Juniors-ARG defendia o título. Após um empate por 2 a 2, em Buenos Aires, nova vitória por 3 a 1 no Rio de Janeiro, de virada.
Primeiro jogo da final: o primeiro baque
Amplo favorito na decisão, o Fluminense foi atropelado pela altitude de Quito e para o ótimo time da LDU, no primeiro jogo da decisão. O Tricolor não viu a cor da bola nos primeiros 45 minutos, e mesmo com o gol marcado por Conca, foi para o intervalo perdendo por 4 a 1. Uma goleada maior só não aconteceu porque os equatorianos diminuíram o ritmo na segunda etapa.
O Fluminense até que se aproveitou no segundo tempo e saiu vivo para o segundo confronto. Thiago Neves diminuiu a contagem e garantiu o revés por 4 a 2, acreditando que poderia reverter no Rio de Janeiro.
Um vilão chamado Cevallos
Thiago Neves acreditou, e muito, que o Fluminense realmente poderia virar o confronto. O meia se tornou o primeiro jogador a marcar um hat-trick em final de Copa Libertadores. Foi dele os três gols da vitória por 3 a 1, que levou à decisão para a disputa de pênaltis.
E o Tricolor ainda saiu perdendo, logo aos seis minutos de jogo, com gol de Bolaños, mas Thiago Neves, com dois gols no primeiro tempo e um no segundo levou o confronto para prorrogação. No tempo extra, Luiz Alberto foi expulso após falta em Guerrón, que foi comemorada como um gol.
Nos pênaltis, tinha um goleiro chamado Cevallos no meio do caminho. O veterano arqueiro da LDU e da Seleção Equatoriana, na época, defendeu três cobranças. Incluindo a de Thiago Neves. Washington e Conca também desperdiçaram, enquanto Urritia, Salas e Guerrón marcaram. Campos ainda perdeu para LDU e Cícero marcou para o Fluminense.