No Brasil, o Fluminense é um clube-modelo na revelação de talentos. O centro de treinamento de Xerém-RJ é um verdadeiro celeiro de craques. De acordo com o presidente Mário Bittencourt, o Tricolor arrecada em média, por ano, R$ 100 milhões com vendas de atletas formados em casa.
“O trabalho é de muitos anos e muito bem feito há pelo menos uns 20 anos. Tentamos nessa gestão melhorar e qualificar. É um conjunto: não temos peneira, temos setor de captação. Aumentamos esse número para 60 captadores. Temos profissionais acompanhando os mais diversos campeonatos de base e descobrindo talentos, como é o caso do André (volante, hoje na Seleção Brasileira). O chefe que coordena a captação está no Fluminense desde 2009”, explicou durante o CNN Esportes S/A deste domingo (10), na CNN Brasil.
Ao todo, são 350 funcionários em Xerém voltados para a base, o futebol profissional e o feminino. O retorno é garantido com ótimas vendas, disse Mário Bittencourt.
“O Fluminense gasta em média, por ano, R$ 20/25 milhões. São 350 pessoas que trabalham em Xerém, contando todos. E vendemos R$ 100 milhões por ano. É um retorno de 4 vezes do que é investido. É uma conta superavitária. E é o que sustenta o Fluminense. As vendas de jogadores são 40% a 45% da nossa receita. Isso é importante. O grande ativo é a base”, destacou o presidente.
Em 2021, o Fluminense arrecadou R$ 109 milhões com transferências. No exercício 2022, foram R$ 93,9 milhões.
Parte das vendas também volta para Xerém em forma de investimentos. “Quando um jogador é vendido, repassamos um percentual para reinvestir em Xerém. Hoje são cerca de 5% a 10%. Aí vamos aumentando as categorias, trazendo o futebol feminino junto da estrutura da base. A impressão que as pessoas têm de que evoluiu é porque vemos o resultado no profissional. Temos uma série de jogadores da base que integram o profissional com regularidade e aumentando seu valor financeiro”.
CNN Esportes S/A
Esta foi a 14ª edição do CNN Esportes S/A. O programa vai ao ar todos os domingos, às 21h15, e fala sobre um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o futebol.
Em pauta, os assuntos mais quentes da indústria do mundo da bola, na perspectiva de economia e negócios.