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Fernando Diniz dispara contra altitude em La Paz: ‘Parece outro esporte’

Treinador do Fluminense explicou o motivo por escalar uma equipe com reservas e analisou a derrota para o The Strongest

Diniz lamentou ter que jogar na altitude

Fernando Diniz reclamou dos 3625m de La Paz, após a derrota do Fluminense por 1 a 0, para o The Strongest, nesta quinta-feira (25), pela Copa Libertadores. Segundo o treinador, jogar nestas condições é quase desumano.

Para ele, quando se chega em La Paz, qualquer equipe acostumada a jogar no nível do mar, parece que está praticando outra coisa, que não seja o futebol.

“Jogar nesse tipo de altitude é sempre uma coisa quase criminosa. Ninguém está preparado para isso. Os times estão no nível do mar e quando você vem pra cá, parece que é outro esporte. Por isso que os times daqui, em casa, fazem o tanto de pontos que eles fazem historicamente”, reclamou, relembrando que o River Plate-ARG também foi derrotado:

“O River veio jogar aqui, com o time titular, tomou três e poderia ter tomado mais porque é muito diferente o jogo. E não é só o desgaste físico, o jogo muda completamente. Todo mundo erra passe que não erra no nível do mar. Cai, de maneira drástica, a qualidade do jogo”, completou.

Segundo o treinador, a partida não se torna mais igual quando se sobe para atuar na altitude como esta de La Paz. Diniz acredita que o princípio da isonomia é deixado de lado, devida a diferença entre os clubes que sobem para estes jogos.

“Jogar nesse tipo de altitude tem que ficar registrado que o princípio da igualdade não existe mais., É muito desigual. Para todo mundo. Não sei qual é a medida... mas não dá para jogar aqui. Os clubes vêm porque são obrigados. Mas não é uma coisa aceitável jogar acima de três mil metros. Quando bate 2.600m já muda bastante, mas acima de três é muito pior”, lamentou.

Escolha por um time reserva

Além da boa condição na Grupo D - líder com nove pontos - Fernando Diniz afirmou que precisou poupar a equipe, exatamente por causa da dificuldade de jogar na altitude.

Ele acredita que este era o melhor momento, já que o Fluminense terá uma dura sequência de jogos nas próximas semanas, com jogos decisivos, na Série A do Brasileiro, na Copa do Brasil e na própria Libertadores.

“Como é esse tipo de jogo e, com a maratona de jogos que temos, o melhor momento para poupar era esse, porque o desgaste aqui é desumano. . O planejamento foi pensando na sequência e trazer um time com saúde que conseguiu competir. Erramos muita coisa técnica, acho que suportamos os efeitos da altitude”, revelou.

O Fluminense encara o Corinthians, em São Paulo, pelo Brasileiro, no domingo. Em seguida, na próxima quinta (1), faz o decisivo clássico com o Flamengo pela Copa do Brasil. No dia 4 recebe o Red Bull Bragantino e no dia 7 vai à Buenos Aires enfrentar o River Plate.

Jornalista esportivo desde 2006 e com passagens por Lance!, Extra e assessorias de marketing esportivo. É correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Tem pós-graduação em Jornalismo Esportivo e formação em Análise de Desempenho voltado para mercado.