Gabriel Barbosa, atacante do Flamengo, possui a menor eficiência da Série A do Campeonato Brasileiro, ao comparar os gols marcados com o nível de ameaça das finalizações. Os números não consideram as ocasiões em que o jogador balançou as redes em cobranças de pênaltis.
Nesta edição do Brasileirão, o camisa 10 do Rubro-Negro marcou apenas um gol em 37 finalizações totais, sendo 25 delas dentro da área. Se considerarmos os pênaltis, Gabriel marcou quatro gols em cinco cobranças.
As estatísticas apontam que cerca de quatro ou cinco das 37 finalizações tinham potencial de gol, mas o jogador converteu apenas uma. Em média, Gabriel Barbosa balançou as redes 3,6 vezes a menos que os demais jogadores nos últimos dez anos.
Os pênaltis não foram considerados na análise por serem a maneira mais fácil de elevar o nível de ameaça. Apesar disso, os números de Gabigol são melhores na Copa do Brasil: quatro tentos e apenas um de pênalti.
Paulinho, do Atlético, é o segundo jogador com maior expectativa de gol. O atacante balançou as redes cinco vezes, mas as estatísticas projetavam sete ou oito gols nestas condições. Portanto, a ineficiência do camisa 10 está entre dois ou três gols.
Cálculo
Em análise feita pelo GE, o nível de ameaça foi constatado após comparação com as 98.439 finalizações feitas em Brasileirões desde 2013. A métrica exclui as cobranças de pênaltis e é conhecida como expectativa de gol. Desta forma, a ineficiência é obtida na relação entre o número de gols feitos e o de gols esperados.
Também foram consideradas a distância, o ângulo da finalização e se foi feita de primeira, a origem da jogada (roubada de bola ou cruzamento, por exemplo), a parte do corpo, o tempo de jogo, a diferença no placar e o valor de mercado das equipes.
Quanto ao desempenho do jogador, a comparação é feita com a média da posição (atacante, meio-campista, volante, lateral ou zagueiro). Outro fator determinante é se a finalização foi feita com o pé dominante ou não. Os ambidestros, que em média chutam o mesmo número de vezes com cada pé, também foram considerados.
Veja o ranking de ineficiência
Gabriel (Flamengo) - Ameaça de 4,6 e ineficiência de -3,6;
Thaciano (Bahia) - Ameaça de 4,5 e ineficiência de -2,5;
Paulinho (Atlético) - Ameaça de 7,5 e ineficiência de -2,5;
Thiago Galhardo (Fortaleza) - Ameaça de 4,2 e ineficiência de -2,2;
Lelê (Fluminense) - Ameaça de 4,2 e ineficiência de -2,2;
Alex Teixeira (Vasco) - Ameaça de 2,1 e ineficiência de -2,1;
Pedro Henrique (Internacional) - Ameaça de 1,9 e ineficiência de -1,9;
Guilherme (Fortaleza) - Ameaça de 1,8 e ineficiência de -1,8;
Lucas Evangelista (RB Bragantino) - Ameaça de 1,7 e ineficiência de -1,7;
Vitinho (RB Bragantino) - Ameaça de 2,7 e ineficiência de -1,7.