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Torcedores do Cruzeiro se queixam de superlotação e prejuízo devido a ‘setor aberto’ no Mineirão

Livre circulação de pessoas por setores do Gigante da Pampulha durante os jogos do Cruzeiro gera reclamação e preocupação da torcida

Superlotação e trânsito livre entre setores incomodam torcedores que pagam mais caro

Jogos do Cruzeiro no Mineirão têm apresentado falhas na segurança nesta temporada. Torcedores estão mudando de lugar nas arquibancadas de forma deliberada e, em certas ocasiões, causado superlotação em alguns setores. Tudo isso sem a devida prevenção necessária.

Situações como essas (veja vídeo abaixo) foram relatadas à Itatiaia por torcedores que estiveram nos últimos jogos do time celeste no Gigante da Pampulha, como contra o Boca Juniors, no jogo de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana, e no clássico com o Atlético, na 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, dentre outros.

Segundo relato de cruzeirenses, não existe mais o fechamento completo entre alguns setores, o que tem aumentado o trânsito de torcedores de áreas mais baratas para mais caras do estádio.

“Sou frequentador assíduo do Mineirão. Nos últimos jogos, percebi que o setores Laranja e Vermelho não estão com divisão entre eles. Dessa forma, o pessoal pode passar de um para o outro livremente, do Laranja para o Vermelho e vice-versa”, contou o bancário e analista de sistemas Fabrício José França Costa, de 46 anos.

Ainda de acordo com o torcedor, o trânsito de torcedores em busca do acesso a outros setores tem aumentado consideravelmente.

“O que pude observar é que o pessoal do Laranja passa para o Vermelho e tenta ir para o Amarelo. Os que não conseguem ficam lá no Vermelho e causam uma superlotação. É nítido isso nos jogos com recordes de público. A gente vê alguns buracos no Laranja e o Vermelho, lotado. Isso causa uma certa indignação, porque pagamos mais caro para ter esse privilégio, e as pessoas dos outros setores podem ir pra lá livremente”, reclama.

Superlotação de setores e livre circulação de pessoas

Consultor ambiental, Daniel Grossi, 35, sócio-torcedor do Cruzeiro desde 2014, também reclama da livre circulação de pessoas dentro do Mineirão e da falta de segurança na arquibancada.

“Para quem está acompanhando o Cruzeiro de perto no Mineirão, todos os jogos entre os setores Laranja e Vermelho não tem nenhum tipo de segurança para dividir. Com isso, acontece superlotação. As pessoas simplesmente estão saindo de um setor e indo para o outro sem ter nenhum tipo de barreira, seja de policiais ou de segurança”, criticou.

A precificação dos ingressos divulgada pelo Cruzeiro para o próximo jogo, contra o Atlético-GO, neste domingo (1º), às 11h (de Brasília), contempla ingressos nos valores de R$ 110 (inteira) e R$ 55 (meia) para o setor Amarelo, seja superior ou inferior. Mesmo valor para o setor Laranja inferior e superior.

O setor Vermelho custa mais caro. Para um lugar na arquibancada superior os valores dos ingressos são de R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia). Os preços da arquibancada inferior são de R$ 170 (inteira) e R$ 85 (meia).

Os preços do setor Roxo são de R$ 170 (inteira) e R$ 85 (meia).

“Assim, fica uma sensação de injustiça e até de impotência da gente, e de impunidade, porque é uma coisa que é recorrente já há muitos anos. Antes eram casos isolados do pessoal que pula (de setor para outro). Agora, não. Agora é muita gente pulando, e o último setor da arquibancada, lá no alto, não tem a divisória, e as pessoas passam livremente”, reclama Fabrício José França Costa.

Falta de segurança

Ainda de acordo com os torcedores, no ponto mais alto das arquibancadas do Mineirão, apenas um segurança fica posicionado para fazer a contenção. No entanto, o profissional faz “vista grossa” para o trânsito de torcedores entre os setores.

“Fica aquela sensação de impunidade. Aí, tem que saber o motivo disso estar acontecendo. A Minas Arena ou o Cruzeiro deixa isso acontecer”, segue reclamando o torcedor Fabrício.

Abertura entre o setor laranja e o setor vermelho no jogo entre Cruzeiro e Inter

“Torcedores pagam ingressos de R$ 10 para o setor Laranja e invadem o setor Vermelho sem nenhum impedimento, seja por parte dos seguranças ou mesmo pela estrutura do estádio. Esse é um comportamento lesivo pelo lado financeiro dos torcedores do setor Vermelho. Pagamos entre R$ 80 e R$ 110 reais por jogo, e isso compromete a capacidade do setor. Exigimos o apoio e retorno do Cruzeiro quanto a esses ocorridos”, cobrou o analista de qualidade Paulo Marçal, de 37 anos.

O que diz o Cruzeiro

Em contato com a reportagem, o Cruzeiro disse que “dialoga constantemente com o Mineirão para resolver essa situação”.

O que diz o Mineirão

Questionado pela Itatiaia, a Minas Arena, administradora do Mineirão, afirma que “está tomando providências, juntamente com o Cruzeiro, para que a prática seja coibida”.

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Guilherme Piu é jornalista esportivo com experiência multiplataforma: digital, revista, rádio e TV. Tem dois livros publicados e foi premiado em festivais de cinema no Brasil e no exterior, dentre eles o Cinefoot. Cobriu grandes eventos, como Copa do Mundo, Olimpíada, Copa América e torneios de futebol. Passou por Hoje em Dia, Uol e Revista Placar.
Coordenador do esporte digital da Itatiaia. Construiu sua carreira no jornalismo esportivo digital. Grande experiência como repórter e editor-chefe. Passou por Superesportes, Estado de Minas, TV Alterosa, Veja BH, Canal 23 e colaborou com O Jogo (POR), Mundo Deportivo (ESP) e Levante EMV (ESP).