Fundo de investimento geriu futebol de Cruzeiro e Corinthians no começo dos anos 2000 e tinha atual técnico da Seleção Brasileira de Vôlei como executivo
Em entrevista para João Vitor Xavier no CNN Esportes S/A, José Roberto Guimarães lembrou do período em que foi executivo do fundo Hicks Muse Tate & Furst (HMTF).
O fundo norte-americano geriu o futebol de Cruzeiro e Corinthians no começo dos anos 2000 e tinha o atual técnico da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei como um dos dirigentes.
À época, a empresa fez grandes investimentos nos dois clubes. No Cruzeiro, por exemplo, a Hicks foi a responsável por comprar do River Plate o lateral Juan Pablo Sorín por US$ 5,08 milhões. O argentino se tornaria um dos grandes ídolos da história cruzeirense.
Zé Roberto recordou a saída do fundo do mercado brasileiro bem antes dos cinco anos iniciais previstos para o projeto.
“Foi uma experiência muito boa. Eu só saí quando o Dick Law (Richard Law), que era o presidente da Hicks no Brasil, disse assim: Zé, nós vamos ter que começar a vender os jogadores da parceria. O fundo de investimento quer começar a ter um pouco do dinheiro investido de volta. Então, Dick, você quer que eu dê a notícia para a torcida do Corinthians que nós vamos vender o Luizão, o Vampeta, o Rincón, o Edilson. Você tá louco. Os caras vão me matar. É impossível”, lembrou.
“Percebi que o projeto não ia durar muito. O projeto era de cinco anos e, em dois anos, eles já queriam que o dinheiro voltasse”, disse.
‘Cruzeiro foi uma escola pra mim’
Zé Roberto contou que aprendeu muito com os irmãos Zezé Perrella e Alvimar de Oliveira Costa, presidente e vice-presidentes do Cruzeiro à época.
“Conhecer o Alvimar e o Zezé, foram caras que eu aprendi muito. O Cruzeiro, pra mim, foi uma grande escola, porque era o clube que melhor comprava e o que melhor vendia. Incrível o trabalho que se fazia no Cruzeiro”, disse Zé Roberto.