Antigo dono da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Cruzeiro, Ronaldo apontou seu ex-clube como um dos favoritos ao título da Copa Sul-Americana deste ano.
“Se eu tivesse que apontar só uma equipe favorita ao título, apontaria o Cruzeiro, mesmo encarando o perigoso Boca Juniors nas oitavas”, cravou, em entrevista divulgada pela Betfair, patrocinadora máster do Cruzeiro.
Primeiro colocado no Grupo B da Sul-Americana, com 12 pontos em seis jogos, o Cruzeiro avançou de forma direta às oitavas de final. Agora, o time cinco estrelas enfrentará o Boca Juniors-ARG, nesta quinta-feira (15), às 21h30 (de Brasília), na Bombonera, em Buenos Aires, no jogo de ida das oitavas.
A partida de volta entre mineiros e argentinos está marcada para 22 de agosto (quinta-feira), também às 21h30, mas no Mineirão, em Belo Horizonte.
Mudança de patamar
Na visão do Fenômeno, os reforços contratados pelo novo dono da SAF do clube, o empresário Pedro Lourenço, elevaram o patamar do time. Aliado a isso, o histórico recente do Cruzeiro na competição também é um ponto favorável à equipe estrelada.
“O ‘Cabuloso’ passou a primeira fase invicto (um dos únicos na competição) e ainda chegaram reforços que podem ajudar muito o time na busca pelo título, em momentos decisivos de mata-mata. Acredito no favoritismo mineiro e apostaria numa final contra o Fortaleza”, apontou Ronaldo.
O ex-dirigente celeste colocou o time de Fernando Seabra na briga pela taça internacional ao lado de outras equipes brasileiras e de um argentino.
“Os favoritos ao título são Cruzeiro, Boca Juniors, Fortaleza e RB Bragantino. De um lado da chave, quem vencer o jogo das oitavas entre Cruzeiro e Boca provavelmente já despontará como favorito à final e ao título”, analisou.
“Do outro lado, vemos o RB Bragantino - que vem ganhando experiência com as participações nos torneios da CONMEBOL - e o Fortaleza - que bateu na trave no ano passado e é um exemplo de gestão dentro e fora de campo nos últimos anos”, completou o Fenômeno.
Reforços contra o Boca Juniors
O técnico Fernando Seabra fez cinco mudanças na lista de jogadores do Cruzeiro para as oitavas de final da Copa Sul-Americana. Agora, reforços contratados para o segundo semestre desta temporada estão aptos a enfrentar o Boca Juniors-ARG nas oitavas de final da competição.
Entram na “Lista de Boa Fé" da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) o goleiro Cássio, os volantes Matheus Henrique e Walace, além dos atacantes Kaio Jorge e Lautaro Díaz.
Dos sete reforços contratados pelo clube, apenas dois não foram inscritos para a próxima fase da Copa Sul-Americana: o volante paraguaio Fabrizio Peralta e o zagueiro Jonathan Jesus. Coincidentemente, esses atletas ainda não estrearam desde que foram anunciados oficialmente pela equipe celeste.
Compra da SAF por Ronaldo
Ronaldo vendeu suas ações da SAF do Cruzeiro para o empresário Pedro Lourenço no fim de abril deste ano. O ex-camisa 9 da Seleção Brasileira, após pressão e cobranças da torcida por mais investimentos no clube, resolveu negociar o clube com o dono da rede Supermercados BH.
O então sócio-majoritário assumiu a dívida tributária, na ordem de R$ 180 milhões, a troco das Tocas da Raposa I e II.
Antes, o Fenômeno já tinha como obrigações arcar com as dívidas da associação civil no âmbito esportivo (FIFA e CNRD) e administrar a recuperação judicial (dívidas trabalhistas e cíveis).
Paralelamente à missão de reduzir a dívida do Cruzeiro, estimada em R$ 1,05 bilhão, Ronaldo tinha como meta recolocar o Cruzeiro na Série A, uma vez que o clube fora rebaixado em 2019 na gestão de Wagner Pires e Sá e Itair Machado. O acesso foi conquistado logo no primeiro ano de gestão, com o título da Série B.
Na volta à Série A, em 2023, o Cruzeiro lutou contra o rebaixamento, mas por fim atingiu o objetivo de terminar em 14º lugar, com 47 pontos e uma vaga na Copa Sul-Americana.
A pressão sobre a gestão da SAF aumentou este ano, após a eliminação na primeira fase da Copa do Brasil para o modesto Sousa-PB e depois da perda do Campeonato Mineiro para o rival Atlético. A principal crítica da torcida foi em relação à falta de investimentos que poderiam tornar o time mais competitivo na Sul-Americana e no Brasileirão. Outros pontos negativos da gestão foram a falta de transparência, a comunicação ruim com os torcedores e a imprensa e as sucessivas trocas de treinadores.
