O Cruzeiro se distanciou mais da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro após o empate em 1 a 1 com o Athletico-PR, no Mineirão, na 36ª rodada. Agora, o time celeste, o 14º colocado, tem quatro pontos a mais do que o Bahia, o 17º.
A duas rodadas do fim da competição, o técnico Paulo Autuori evita cálculos contra a queda, mas elogia sua equipe e analisa possibilidades contra os dois próximos adversários.
“Isso nos leva a pensar que, quando olhamos para aquilo que nos interessa, que é a nossa equipe, que nós temos plenas condições. Não vou contar um pontinho, vou contar seis pontos, se mantiver o que fizemos nesses quatro jogos”, avaliou, após ser questionado sobre a matemática da permanência.
Duas decisões até o fim do ano
Neste domingo, às 18h30 (de Brasília), o Cruzeiro enfrenta o Botafogo, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, na penúltima rodada do Brasileirão. O time carioca, segundo colocado com 63 pontos, segue na luta pelo título.
Na próxima quarta-feira (6), o adversário será o o Palmeiras, atual primeiro colocado (66 pontos), no Mineirão, às 21h30, na última rodada do campeonato.
No comando do Cruzeiro, Autuori fez quatro jogos até aqui, com duas vitórias (Fortaleza e Goiás) e dois empates (Vasco e Athletico-PR). A evolução de sua equipe nos últimos jogos é o que baliza o pensamento do treinador em relação às possibilidades de vitórias.
“Uma equipe como o Palmeiras, que não tem dúvida por aquilo que está fazendo nos últimos anos, com muita solidez e quando agarra a chance não larga, que é uma equipe que em termos de jogo está muito bem construída. A força mental não há dúvida. E o Botafogo, que por tudo que aconteceu, da perda da vantagem enorme que tinha, está na situação contrária. Eu me permito fazer isso por ser um homem do futebol”, comentou, em relação à projeção de pontos nas rodadas finais.
Problemas com finalização
O Cruzeiro teve maior volume de jogo contra o Athletico-PR. Foram muitas chances de gol desperdiçadas, em uma noite inspirada, também, do goleiro Bento.
“Saio orgulhoso dos jogadores pela maneira que jogaram do início ao fim, com dois dias entre um jogo e outro. Não há ninguém que possa falar nada, a velocidade que a equipe jogou e as chances cridas, principalmente no primeiro tempo, desperdiçamos um pênalti”, relembrou.
Um dos grandes problemas do Cruzeiro no ano é a pontaria. “Estou falando isso aqui e, com certeza, irei falar no fim do ano. A leitura está muito fácil de fazer: estamos falhando (nas finalizações). Hoje não falhamos na criação, porque criamos, demos velocidade, utilizamos bolas de espaço, falhamos na finalização”, ressaltou, analisando o resultado contra o Athletico-PR.
“A grande falha nossa, e essa análise não vai mudar em função dos dois jogos que ainda teremos, o passe seguinte é ser assertivo no aspecto da criação e na finalização”, completou.
