A Liga Forte Futebol (LFF) iniciou, na última semana, adiantamento de recursos para os seus filiados. A operação de crédito foi intermediada pela XP Investimentos,
Embora não faça parte da LFF, o Cruzeiro, que
A XP adiantou até 40% dos valores para os clubes da Série A e 20% para clubes da Série B. O pagamento varia entre R$ 4 milhões e R$ 44 milhões. Alguns clubes, como o Cruzeiro, optaram por um valor menor que o máximo disponível.
O Cruzeiro tem direito a receber R$ 214 milhões - os clubes da LFF e do ‘Bloco União’, do qual a Raposa faz parte, venderam 20% das receitas futuras da liga.
O pagamento não foi realizado diretamente pelos investidores porque ainda há trâmites burocráticos. Por isso, a XP assumiu a responsabilidade. O banco de investimentos teve como garantia receitas futuras dos clubes relativas ao Campeonato Brasileiro. No caso dos investidores não conseguirem completar todas as etapas para formalizar a operação, esse adiantamento se torna um empréstimo.
O pagamento também foi visto como uma espécie de incentivo para os filiados à LFF. Os assessores tentam, de certa forma, blindar os clubes diante do assédio da Libra - outro bloco comercial formado por 16 clubes (veja as listas no fim da reportagem).
América
Também filiado à LFF, o América é um dos poucos clubes que ainda não recebeu o adiantamento. O clube deve receber o valor de 40% nos próximos dias. A situação é a mesma do Vasco.
Fortaleza, Cuiabá, Botafogo, Fluminense, CRB, Juventude, Vila Nova e Ceará já receberam os respectivos valores.
Quem é quem? E os percentuais?
A Liga Forte Futebol apresentou proposta para dividir as cotas da seguinte maneira: 45% de forma igualitária, 30% por performance e 25% por audiência. O grupo tem como investidores o fundo Serengeti e com a gestora Life Capital Partners (LCP), ambos captados pela XP Investimentos.
A LFF captou R$ 2,3 bilhões por 20% das receitas de uma futura liga pelos próximos 50 anos. XP Investimentos, LiveMode e Alvarez Marsal prestaram consultoria e receberão cerca de 2,5% de comissão nas negociações.
A Libra propõe divisão diferente: 40% de forma igualitária, 30% por performance e 30% por audiência. O grupo de investimentos captado foi o Mubdala, dos Emirados Árabes Unidos.
O fundo oferece R$ 1,3 bilhão por 12,5% dos direitos para os clubes. O BTG Pactual e a Codajas Sports Kapital são os intermediadores. A comissão para as empresas gira em torno de 5%.
Os filiados
LFF: ABC, Athletico-PR, América, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sport, Tombense e Vila Nova.
Libra: Atlético, Bahia, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo e Vitória.
Bloco União: Botafogo, Cruzeiro, Coritiba e Vasco se uniram à LFF para comercialização de direitos comerciais. Oficialmente, os clubes não são filiados, mas os acordos comerciais respeitam os mesmos termos dos filiados.
