Um torcedor do Cruzeiro denunciou, neste domingo (16), um suposto descaso da administração do Independência, em Belo Horizonte, antes do jogo contra o Coritiba. Segundo Romário Gomes, seu pai, de 56 anos, identificado como Hélio Marcolino de Abreu, precisou subir as escadas do setor Superior Pitangui mesmo tendo dificuldades de locomoção.
Em entrevista à Itatiaia, Romário demonstrou indignação pelo ocorrido e relatou que, por três vezes, seguranças do estádio negaram a utilização do elevador para Hélio.
“O meu sentimento é de tristeza e indignação. Foi uma situação muito triste, nunca pensei que passaria por isso. Desde pequeno, era o meu sonho levar ele ao estádio. É um trauma gigante. Eu nem ia postar, mas meus amigos e minha namorada me pediram para não deixar impune. Essa situação tem que ser revista. O que aconteceu com meu pai deve acontecer com mais gente”, disparou.
À reportagem, Romário ressaltou que outros torcedores do Cruzeiro se indignaram com a situação.
“De início, disseram que não tinha como subir, pois o elevador era restrito. Questionei que meu pai é deficiente e precisava usá-lo para chegar ao setor. Foram olhar com uma outra pessoa e, novamente, falaram que era restrito a sócios e área VIP. Começamos a subir as escadas, aí um torcedor falou com a organização. Nos disseram para voltar, para tentar subir de elevador. Veio uma terceira pessoa e disse que não tinha como subir. Pedi a minha namorada para gravar, acabou virando um pesadelo”, complementou.
Ainda conforme o torcedor, Hélio passou mal durante o jogo do Campeonato Brasileiro após ter passado por um grande esforço físico.
“No momento em que ela gravou, as mesmas pessoas que haviam negado disseram que iam arrumar o elevador. Questionei de novo, mas subimos todas as escadas. Vimos o jogo, mas ele passou mal por ter feito muito esforço”, encerrou.
O que diz o Independência
Procurado pela Itatiaia, Helber Gurgel, gerente de Operações de Segurança do Independência, informou que caso está sendo apurado.