O técnico Pepa chega ao Cruzeiro com a missão de ‘reconstruir’ o time, que sofreu muitas mudanças de 2022 para 2023, e acabou perdendo identidade antes mesmo da saída de Pezzolano. Mas, qual o estilo de trabalho do novo treinador? Qual a formação do time que ele poderia apostar agora na equipe cruzeirense?
A Itatiaia conversou com o atacante Douglas Tanque, de 29 anos, que entre 2018 e 2019 foi comandado por Pepa no Paços de Ferreira, de Portugal. O centroavante detalhou como era o trabalho com o “mister”.
“Tive duas temporadas com o Pepa e foram temporadas de muito sucesso. A primeira de manutenção e a segunda fomos coroados com a Liga Europa. O que tenho para falar, é que ele é um cara muito bom, como pessoa e trabalho, também. Foi uma boa contratação do Cruzeiro, penso que os jogadores irão gostar, porque é um cara com um coração enorme”, disse, com exclusividade, à Itatiaia.
A diretoria do Cruzeiro explicou que contratou Pepa levando em conta que o estilo de jogo do treinador tem similaridades com o de Paulo Pezzolano. A intenção do clube, de acordo com o diretor de futebol Pedro Martins, era minimizar o impacto de uma transição já com a temporada em andamento.
Com isso, Douglas Tanque explica como Pepa escalava o Paços de Ferreira quando os dois trabalharam juntos.
“Nós sempre jogávamos no 4-3-3, com um número cinco, dois números oito, dois pontas e um centroavante. O Pepa sempre gosta que o time tenha a bola e pressione o adversário rapidamente, Independentemente dentro ou fora (de casa), e sempre joga para ganhar. É um treinador muito bom e tem tudo para se dar bem no futebol brasileiro. Ele gosta de ter muito mais a bola, gosta que o time dele jogue”, analisou.
Com um estilo de jogo incisivo, Douglas Tanque também afirma que Pepa não deixava de trabalhar também uma boa variação de jogadas.
“A primeira época nós jogávamos mais pelos lados. Na segunda época, quando fomos para a Liga Europa e recebemos as contratações que ele pediu, tinhamos variedades. (o time) Chegava pelo meio e pelas beiradas. O centroavante aí se dará bem, terá muitas oportunidades de gols”, disse.
“Tínhamos um lateral-esquerdo muito ofensivo, ele ia (para o ataque) e nosso ponta ia para dentro, tinha muita qualidade. Fazia esse revezamento, muitas vezes os pontas vinham por dentro para fazer o um, dois, fazia jogadas individuais e deixava o corredor para os laterais. Variava muito essas jogadas”, completou.