O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª Região, em Belo Horizonte, confirmou nesta quarta-feira (8) a decisão da Primeira Instância e manteve a multa contratual de Vitor Roque, transferido do Cruzeiro para o Athletico-PR, em R$ 24 milhões.
Essa é a segunda decisão desfavorável ao Cruzeiro desde que ingressou na Justiça do Trabalho contra o clube paranaense.
No entendimento do clube mineiro, Vitor Roque havia recebido propostas de reajuste salarial por meio de mecanismo previsto na Lei Pelé. Por isso, sua multa rescisória seria superior à paga pelo Athletico em juízo.
Já o Athletico fez o depósito de R$ 24 milhões com base no salário de Vitor Roque que vigorava no contrato: R$ 12 mil/mensais. Este valor é multiplicado por 2 mil, conforme a legislação atual.
Em maio do ano passado, o Cruzeiro já tinha recebido parecer desfavorável em Primeira Instância.
Cruzeiro também acionou CNRD
Paralelamente às investidas na Justiça do Trabalho, o Cruzeiro acionou o Athletico na Câmara Nacional de Resoluções e Disputas (CNRD), corte da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na tentativa de obter uma sentença que eleve a multa rescisória de Vitor Roque.
Caso prevaleça o valor de R$ 24 milhões, o Cruzeiro receberá R$ 12 milhões pela liberação de Vitor Roque. A Raposa detinha 50% dos direitos econômicos do jovem talento, à época com 17 anos.
Atualmente, os direitos de Vitor Roque estão divididos entre Athetico (85%) e América (15%).
Vitor Roque tem recebido sondagens de gigantes europeus, como Barcelona e Real Madrid, e dificilmente permanecerá no Athletico até o fim desta temporada.