O técnico Paulo Pezzolano completou no mês passado um ano de Cruzeiro. Com uma temporada vitoriosa em 2022, a missão do treinador agora é comandar o time em uma campanha digna na Série A do Campeonato Brasileiro, torneio que a Raposa não disputa desde 2019, quando caiu para a Segunda Divisão.
Para alcançar os objetivos traçados, Pezzolano admite seu perfil de cobranças na Toca II, tudo para tirar o melhor dos seus comandados.
“Cobrar, isso é bom para o dia a dia do jogador. Falo para eles direto, que o treinador tem que ser direito. Não que passe apenas a mão na cabeça, diga que está tudo bem. Sou treinador, sou ‘chatão’. Gosto de falar o que está mal. O que está bem todo mundo sabe. O que está mal é o que faz cada um crescer. Estou sempre em cima deles, eu e a comissão. Estamos tranquilos, vamos para o próximo jogo, dia a dia, para tirar o melhor da equipe”, ressaltou, em entrevista à Itatiaia.
Pezzolano foi eleito pela crônica esportiva mineira como o melhor treinador do ano 2022. Por isso, recebeu o prêmio do Troféu Guará Bmg, pelo trabalho realizado na Raposa na temporada passada.
"É uma equipe por trás de tudo isso. Sou a cara visível para o bom e para o ruim, é o trabalho do treinador. É uma equipe muito grande, todos uruguaios, comissão técnica própria. Mas, depois da comissão tem o staff do clube, que faz um trabalho muito importante para todos. Depois os jogadores dentro do campo, a diretoria, a torcida, se trata disso. É o que sempre falei, no clube que chego e sempre falo com os jogadores, que temos que representar os torcedores dentro do campo”, disse, justificando o seu título.
Evolução dos atletas
Neste ano, Pezzolano faz testes no Campeonato Mineiro com os atletas que chegaram como reforço para esta temporada. Caso do atacante Rafael Bilu, que tem sido utilizado com lateral pela esquerda.
“Sempre estamos pensando, buscando o melhor para os jogadores, para a imprensa, que às vezes vê o jogador fora da posição. Eu entendo que o jogador sai mais fortalecido quando eu passo por um clube. Normalmente, os jogadores jogam só em uma posição. O (Rafael) Bilu está jogando de ala esquerdo, e não fez isso nunca. Faz um mês, dois meses (que ele faz), (e) pode fazer bem. Ele melhorou e faz duas posições, de extremo ela direita, lateral-esquerdo. Eu falo para ele, como extremo pode ser um jogador a mais, mas como lateral pode ser um dos melhores. Fisicamente é bom, é canhoto, bola aérea, agressivo para roubar a bola. Isso que se trata, quebrar a cabeça para tirar o melhor de cada jogador e fazê-lo crescer, e fazer o melhor para a equipe”, explicou.